Ataques extremistas

CPMI 8/1: Bolsonaro é responsabilizado por atos de vandalismo em relatório

Relatora da comissão, senadora Eliziane Gama iniciou a leitura do texto afirmando que "massas foram manipuladas" e, após investigações, o nome do ex-presidente surge em evidência

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro chega ao fim nesta terça-feira (17/10) com o nome de Jair Bolsonaro (PL) encabeçando o relatório apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA). No texto, lido pela relatora nesta manhã, o ex-presidente é responsabilizado pelos atos de vandalismo nos prédios dos Três Poderes e pelos eventos que antecederam os ataques.

“O Brasil viveu o maior ataque à democracia da nossa história recente [...] Nosso objetivo nesta CPMI foi entender como isso aconteceu, como alguns milhares de insurgentes se radicalizaram, se organizaram e puderam romper, sem muita dificuldade, o sistema de segurança que deveria proteger a praça dos Três Poderes”, disse Eliziane.

“As investigações aqui realizadas, os depoimentos colhidos e os documentos recebidos permitiram que chegássemos a um nome em evidência e a várias conclusões. O nome é Jair Messias Bolsonaro”, afirmou a relatora.

 

De acordo com a senadora, o ex-presidente foi responsável por manipular a “massa” com “discurso de ódio”. “Tentou-se corromper, obstruir e anular as eleições. Um golpe de Estado foi ensaiado e, por fim, foram estimulados atos e movimentos desesperados de tomada de poder. O 8 de janeiro é obra do que chamamos de bolsonarismo”, garantiu.

A relatora ainda assegurou que os atos antidemocráticos não foram um ato isolado, mas, sim, uma “mobilização idealizada, planejada e preparada com antecedência”. “Os executores foram insuflados e arregimentados por instigadores que definiram, de forma coordenada, datas, percursos e estratégias de enfrentamento e ocupação dos espaços”, completou.


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