O Itamaraty afirmou nesta quarta-feira (11/10) que a passagem a partir da cidade palestina de Rafah até o Egito é a melhor rota de saída para os 30 brasileiros que estão atualmente na Faixa de Gaza, apesar da zona estar sendo constantemente bombardeada por Israel. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, não há, no momento, uma rota alternativa definida, nem data para o resgate.
A pasta afirma que os principais desafios são justamente os bombardeios, bem como a autorização do governo egípcio para a entrada dos brasileiros no país, o que ainda não ocorreu. O ministro Mauro Vieira telefonou para o chanceler egípcio, Sameh Shoukry, que prometeu ajuda.
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"Diante do cenário no momento, e apesar dos riscos na região, esse é o plano principal. Claro que qualquer outra oportunidade que surgir que seja mais segura, conforme a evolução do cenário, será considerada", declarou o diretor do Departamento de Comunidades Brasileiras e Assuntos Consulares do Itamaraty, ministro Aloysio Mares Dias Gomide Filho, em coletiva de imprensa nesta manhã.
O governo organiza o resgate de um grupo de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza. Segundo Gomide, a embaixada do Brasil na Palestina já contratou um serviço de transporte dentro de Gaza para levar os brasileiros a Rafah. "Isso já está organizado e pronto para ser executado quando o momento surgir", informou o ministro.
Zona conflagrada
O secretário de África e Oriente Médio do Itamaraty, embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, que também participou da coletiva, destacou que a organização da retirada do grupo é delicada.
"A situação desses brasileiros que se encontram em Gaza é muito particular, porque é uma zona conflagrada", declarou o embaixador. "O nosso chanceler esteve em contato com o chanceler egípcio buscando conseguir essa autorização assim que possível. É claro que é preciso respeitar as autoridades egípcias e os seus trâmites", acrescentou.
O Egito já sinalizou que deve colaborar para a retirada dos brasileiros, mas ainda não há definição. O acordo também deve envolver Israel e Palestina para garantir a saída segura do grupo.
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