Deputados da Comissão de Segurança Pública da Câmara decidiram na tarde desta terça-feira (10/10) chamar a Polícia Militar do Distrito Federal para impedir uma manifestação que está sendo anunciada nas redes sociais a favor do povo palestino. Há previsão desses atos em outras capitais do país.
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Para os deputados desse grupo, a "bancada da bala", se trata de uma manifestação em apoio ao grupo extremista Hamas, que conta com a presença de terroristas e que mataram centenas de israelenses nos últimos dias.
No site da Central Única dos Trabalhadores (CUT), por exemplo, esses atos são divulgados como "manifestações em diversas cidades em solidariedade ao povo palestino, vítima de bombardeios e de uma declaração de cerco total pelo Estado de Israel, após os ataques promovidos pelo Hamas, que matou centenas de pessoas".
O deputado Tenente Zucco (Republicanos-RS), que presidiu da CPI do MST, afirmou que o movimento está apoiando esse ato e que ele classificou como um apoio ao Hamas. "É inadmissível, irresponsável que um movimento criminoso (o MST), claramente apoiado por esse governo, esteja enaltecendo o Hamas, esse grupo criminoso", disse Zucco.
O presidente da comissão de Segurança, Ubiratan Sanderson (PL-RS), disse que a manifestação pode ser caracterizada como um "ato criminoso, que faz apologia ao terrorismo" e anunciou que iria acionar a Polícia Militar para coibir o ato.
"O deputado Zucco apresentou aqui uma notícia-crime, para que a gente proceda", disse, em dúvida se a atuação deveria ser feita pela PM, a Polícia Civil ou até a Polícia Federal. O deputado Sargento Fahur (PSD-PR) sugeriu chamar a PM. "Melhor avisar a PM, que tem mais bomba e gás", disse.
A comissão aprovou uma moção de repúdio aos ataques do Hamas contra os israelenses, proposta apresentada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e os deputados do colegiado fizeram um minuto de silêncio em apoio a Israel.
O deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) disse que o chamamento para o ato "a favor do Hamas" está circulando nos grupos de WhatsApp de estudantes da Universidade de Brasília (UnB). Um dos deputados disse que após parlamentares denunciaram a manifestação, postagens teriam sido apagadas.
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