Um seminário na Câmara lembra os 35 anos da promulgação da Constituição, ocorrida em 5 de outubro de 1988. Um grupo de ex-parlamentares constituintes foram convidados para o ato e cada um lembrou de uma passagem durante a votação do texto. O evento ocorrerá durante todo esta quarta-feira (4/10), com mesas de debates e lembranças daquele período, quando o Brasil ainda engatinhava na democracia, depois de 25 anos de ditadura.
O deputado José Fogaça (MDB-RS), que foi duas vezes deputado e duas vezes senador, afirmou que participar da elaboração da constituinte representou o "maior projeto de vida" de sua geração. A passagem que ele destacou foi a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), citando a importância desse programa no combate à pandemia da covid-19, com críticas à gestão de Jair Bolsonaro (PL).
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"Durante a pandemia, quando vimos o papel do SUS no atendimento às pessoas, agradeci ajoelhado pela existência do sistema. O SUS foi tão importante que nem o descaso de autoridades impossibilitou sua atuação", disse Fogaça.
Deputada constituinte, Benedita da Silva (PT-RJ), que cumpre mais um mandato na Câmara, lembrou que a reforma agrária não entrou no texto, mas citou a referência ao reconhecimento das terras remanescentes de quilombolas.
"Foi uma Constituição feita não dentro de salas, de quatro paredes. Foi feita nas tribos, nos quilombos, com muito diálogo com os movimentos sociais, dos médicos, das enfermeiras, dos técnicos", disse Benedita.
Longe do Congresso Nacional desde o mensalão, caso que culminou com sua prisão, José Genoino reapareceu no Congresso Nacional nesta quarta-feira pela primeira vez desde aquele período.
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