Após anunciar uma reunião para esta quarta-feira (4/10), o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), deputado Arthur Maia (União-BA), voltou atrás e disse, nesta terça-feira (3), que "não há possibilidade de acordo".
“A reunião de amanhã, de que eu falei às 11h, era para tentarmos um acordo. Como não há possibilidade de acordo, eu vou desmarcar a reunião de amanhã às 11h. Agora, eu gostaria de, ainda hoje, apresentar para a comissão a minha proposta de encaminhamento, de procedimento, na verdade, no dia da votação do relatório”, disse o deputado.
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Com a votação do relatório prevista para o dia 17 de outubro, quando o parecer da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) será lido, o último depoimento previsto será o do policial militar Beroaldo José de Freitas Júnior, nesta quinta-feira (5). Portanto, não haverá sessão na próxima semana, para que Eliziane possa concluir o relatório. “Já fui avisado pelos deputados da oposição que eles apresentarão um voto separado”, disse Arthur Maia.
Ficou acordado que a leitura do parecer e do voto da oposição aconteça na terça (17) e, caso haja pedido de vista, ou seja, mais tempo para análise, Maia garantiu que o relatório será debatido e votado na quarta (18). O presidente do colegiado disse também que não aceitará pedidos para encerramento de discussão.
Manobra mal-sucedida
O deputado abriu a sessão de hoje anunciando uma reunião entre os membros para definir os últimos depoimentos e debater o parecer da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
No entanto, em uma manobra para conseguir a convocação da Força Nacional, Maia colocou o requerimento em votação, sem consenso, requisito posto por ele mesmo.
O requerimento foi derrotado e governistas cobram que sejam apreciados os pedidos que tratam das convocações de pessoas citadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, que teria sido simpático ao plano de Bolsonaro por uma intervenção militar.
Os parlamentares, bem como a relatora, defendem, ainda, que sejam aprovados os pedidos por Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle.