O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, detalhou nesta terça-feira (31/10) as ações do governo federal para apoiar a segurança no Rio de Janeiro. Segundo ele, as Forças Armadas não vão atuar no patrulhamento ou em ações para combate ao crime nas ruas, mas reforçando a fiscalização nas fronteiras.
Dino esteve reunido na manhã de hoje com a Casa Civil e chefes das Forças Armadas para ajustar o plano de atuação federal. A proposta será entregue a Lula, no máximo, até amanhã (1°/11). De acordo com Dino, resta apenas definir qual será o mecanismo jurídico para embasar a atuação dos militares.
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"Já definimos os territórios de atuação, portos, aeroportos e fronteiras, em relação às Forças Armadas, e isso também constitui uma diferença em relação a outras atuações das Forças Armadas em outros momentos. Ou seja, até aqui é absolutamente consensual que não haverá uma atuação urbana das Forças Armadas. Em bairros, avenidas, nada desse tipo", declarou Dino em coletiva de imprensa no Palácio da Justiça, convocada para falar sobre o resultado de operações e sobre os planos federais para o Rio de Janeiro, que sofre com uma crise de segurança pública.
Portos, aeroportos e fronteiras
Ainda de acordo com o ministro, o plano visa estrangular os canais logísticos que alimentam o crime organizado no Rio. Para isso, a atuação das Forças ocorrerá também em outros estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, cujas fronteiras são a entrada para drogas, armas e contrabandos.
O Exército atuará na faixa de fronteira, ou seja, no trecho terrestre a até 150 km da fronteira com outros países. Ele será apoiado nesse trabalho pela Aeronáutica, que também ficará a cargo da fiscalização em aeroportos. Dino citou especificamente os aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro, como importantes pontos para o crime organizado.
Já a Marinha vai intensificar sua ação e seu efetivo na Baía de Guanabara e na Baía de Sepetiba, além do canal de acesso ao Porto de Santos, o que ainda está sendo discutido. De forma inédita, a força deve atuar também dentro dos portos.
"A nossa expectativa é de que entre hoje e amanhã haja uma nova reunião, até porque quinta (2) é feriado (Finados), e nós caminhemos para a definição desses itens que ainda remanescem, para nós podermos intensificar ainda mais as ações no Rio de Janeiro a partir da próxima semana", explicou o Dino.
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