O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu, em entrevista ao Valor Econômico desta segunda-feira (30/10), que conflitos entre a Casa e o governo não irão interferir na tramitação dos projetos econômicos.
“Eventuais e pontuais insatisfações não contaminam o sentimento geral de que com a economia não é possível brincar. É preciso ter a solidez da nossa economia com a aprovação de propostas e projetos que sejam sustentáveis. Isso está muito além de eventuais insatisfações de parlamentares com o governo”, afirmou o senador.
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Segundo Pacheco, projetos como o de taxação de offshores e fundos exclusivos, bem como a reforma tributária, “são prioridades” do Congresso e deverão ser votadas até o fim do ano, o que coincide com as peças orçamentárias para o próximo ano.
“A minha percepção e a percepção geral do Senado é de uma prioridade, de uma importância muito grande da pauta econômica para o Brasil. Nós temos essa consciência e trabalhamos em função disso. Há de minha parte a propensão de ajudar nessas pautas, partindo da premissa de que a liderança da política econômica deve se dar no âmbito do governo pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad”, pontuou.
O senador ponderou que estas medidas são “de sustentação para o regime fiscal”. O arcabouço estabelece que o crescimento das despesas estará limitado a 70% do crescimento da receita e o governo assumiu, ainda, a meta de zerar o déficit das contas públicas, compromisso que o presidente Lula disse, na semana passada, que possivelmente não seria cumprido.
A reforma tributária, para o presidente do Senado, é “muito importante para o Brasil, para a simplificação tributária e para o desenvolvimento econômico” e, portanto, há um “comprometimento de buscar vê-la aprovada no mês de novembro”.
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