PREVIDÊNCIA SOCIAL

Carlos Lupi quer iniciar debates para "revisar" reforma da previdência

Atual legislação foi aprovada, em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Lupi ponderou que, embora seja crítico da reforma tributária aprovada, a revogação ou não da norma não seguirá sua opinião -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Lupi ponderou que, embora seja crítico da reforma tributária aprovada, a revogação ou não da norma não seguirá sua opinião - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
postado em 24/10/2023 16:12

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou, em sessão da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, nesta terça-feira (24/10), que quer iniciar no próximo ano debates para a “revisão” da reforma da previdência, aprovada em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo ele, ficará para o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) a avaliação das mudanças, que são vigentes atualmente. “O Conselho Nacional da Previdência Social, a partir do ano que vem, vai começar a examinar esse assunto com cuidado, porque isso mexe com as finanças e gera uma polêmica danada".

O ministro garante, no entanto, que não seria possível anular qualquer ponto da lei, uma vez que isto dependeria de um estudo que ainda não tem previsão para finalização, mas a ideia é que a pasta apresente sugestões de mudanças.

Lupi ponderou que, embora seja crítico da reforma tributária aprovada, a revogação ou não da norma não seguirá sua opinião.

“Eu acho um absurdo, e coloco um tópico aqui para vocês pensarem, que se eu morro a minha mulher vai receber 60% da minha pensão. No pior momento da vida dela, onde praticamente ela fica sozinha. Estou dizendo um aspecto que eu defendo, é meu direito como cidadão assumir uma posição. Não estou dizendo que estou certo ou errado. Mas isso vai ser examinado pelo Conselho", declarou o ministro.

O presidente Lula, durante a campanha eleitoral do ano passado, chegou a afirmar que iria revisar a legislação previdenciária, articulada pelo governo Bolsonaro.

Entre as mudanças aprovadas em 2019 estão o fim da aposentadoria por tempo de contribuição e a determinação da idade mínima de 65 para homens e 62 anos para as mulheres; além da definição de 15 anos como tempo mínimo de contribuição para mulheres e 20 para homens, no setor privado, e 20 para ambos no serviço público.

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação