Em reunião com a bancada ruralista nesta terça-feira (24/10), Jair Bolsonaro voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e também a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos. Num discurso de cinco minutos, o ex-presidente afirmou ser alvo de uma injustiça.
Bolsonaro afirmou que a reunião com embaixadores, na qual atacou a Justiça Eleitoral — razão da suspensão de seus direitos políticos —, era uma prerrogativa sua. Ele elogiou a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em colocar em pauta a votação da emenda constitucional que limita os poderes do STF como a que proíbe decisões monocráticas de ministros que suspendam atos do presidente da República.
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"Parabéns ao presidente do Senado por tocar para frente esse projeto. Temos que buscar a igualdade entre os Poderes. Cada um tem que ter o seu lugar. Não é porque tem mandato vitalício (se referindo aos ministros do STF) que vai se sobrepor aos demais", disse Bolsonaro, em discurso na sede da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA).
"Injustiça"
E ainda criticou a decisão do TSE contra ele. "Me orgulho de estar aqui, reconhecendo minha situação de tremenda injustiça do TSE. A reunião com os embaixadores é decisão privativa minha", afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente afirmou que na política se tem adversários, mas que o atual governo deve ser tratado como inimigo. No encontro, a bancada ruralista defendeu a necessidade de se derrubar o veto de Luiz Inácio Lula da Silva ao marco temporal, da semana passada. Bolsonaro apoiou.
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