O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura do jornalista Allan Frutuoso, acusado de participar da tentativa de invasão à sede da Polícia Federal, em Brasília, no dia 12 de dezembro do ano passado. Ele foi preso em julho, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro.
Na hora da prisão, Allan estava tentando embarcar para a Argentina. De acordo com a defesa, Allan ficou preso por 86 dias, de maneira preventiva. Moraes atendeu pedido dos próprios advogados, que afirmaram que de dezembro, até a data da prisão, o cliente não realizou qualquer ato criminoso e que o tempo de pena dos crimes no qual ele é acusado não superam os quatro anos.
A defesa, conduzida pelo escritório Zubcov Zenni Advocacia, sustentou que não existe motivo para manter a prisão preventiva. A prisão de Frutuoso foi determinada pelas acusações de ter cometido crimes de coação no curso do processo e associação criminosa. O Ministério Público Federal (MPF) afirmou que ele teria se envolvido na tentativa de invasão ao prédio da PF junto aos demais acusados.
- Moraes concede liberdade a mais 72 réus de atos antidemocráticos
- "Não destruíram o espírito da democracia", diz Alexandre de Moraes
O comunicador teria sido identificado por meio de imagens que ele produziu quando estava no local. A defesa alega que ele estava hospedado em um hotel em frente ao prédio da corporação, para cobrir atos políticos e que no dia dos ataques desceu para colher imagens. A defesa afirmou, também, que a Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro levou 96 horas para cumprir a decisão de soltura.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br