Israel x Hamas

Brasil pedirá no Egito urgência humanitária na guerra Israel-Hamas

Posição deverá ser apresentada neste sábado (21/10) pelo chanceler Mauro Vieira durante reunião de cúpula na cidade do Cairo

Ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve reforçar posição adotada pelo Brasil na proposta de Resolução da ONU que acabou vetada pelos Estados Unidos -  (crédito: Angela Weiss/AFP       )
Ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve reforçar posição adotada pelo Brasil na proposta de Resolução da ONU que acabou vetada pelos Estados Unidos - (crédito: Angela Weiss/AFP )
postado em 21/10/2023 03:00

O governo brasileiro deve reforçar hoje, durante reunião de cúpula na cidade do Cairo, no Egito, a urgência humanitária na guerra entre Israel e o Hamas. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, desembarcou ontem na capital egípcia e deve reforçar a mesma posição adotada pelo país na proposta de resolução do Conselho de Segurança da ONU, que acabou vetada pelos Estados Unidos.

É esperado um encontro de alto nível, com a participação de chefes de Estado e membros do primeiro escalão das nações participantes. Já confirmaram a presença a Argélia, Turquia, Iraque, Jordânia e Catar, também estão na lista de convidados os cinco membros do Conselho de Segurança da ONU, Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França. O Brasil foi o único da América Latina a ser convidado para o encontro que acontece hoje às 5h30, no horário de Brasília.

A mensagem do Brasil deve reforçar o imperativo humanitário da diplomacia brasileira na sua atuação internacional. A expectativa dos países árabes é ampliar a pressão em Israel e no seu aliado incondicional, os Estados Unidos, para diminuir a escalada da violência na Faixa de Gaza, epicentro do conflito.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta sexta-feira (20/10), em sua primeira aparição pública depois da cirurgia que se submeteu mês passado, que o grupo Hamas cometeu terrorismo mas que Israel reagiu de "forma insana ao matar crianças na Faixa de Gaza". Mesmo com Lula subindo o tom, a postura da diplomacia brasileira não deve mudar em relação ao que defendeu na ONU.

Macron

Em conversa por telefone, nesta sexta-feira (20/10), com o presidente francês, Emmanuel Macron, Lula reforçou a necessidade de proteger os civis e reduzir o impacto do conflito, especialmente nas crianças. Lula e Macron também apontaram a necessidade de pressionar o Hamas a libertar todos os reféns. O petista também agradeceu ao francês pelo voto do país em favor da aprovação da resolução brasileira no Conselho de Segurança na última terça-feira.

Os dois líderes concordaram em empenhar esforços para a criação de um corredor humanitário para a saída dos estrangeiros de Gaza e a entrada de água potável, alimentos e remédios, na forma como defendia a resolução vetada pelos americanos.

O texto apresentado pelo Brasil no Conselho de Segurança recebeu apoio de 12 dos 15 membros, duas abstenções, da Rússia e do Reino Unido, mas acabou com o veto dos Estados Unidos.

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br