O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que vê como muito positiva a posição do governo israelense em permitir a entrada de ajuda humanitária para a região palestina da Faixa de Gaza. O anúncio dos israelenses veio nesta quarta-feira (18/10), logo depois do encontro entre o presidente americano Joe Biden e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“Acho uma ótima notícia, melhora muito a situação lá e vai permitir a saída de todos que estão retidos”, afirmou o chanceler. Questionado pelo Correio se era simbólico o anúncio ocorrer logo após o encontro de Biden com Netanyahu, o embaixador minimizou a questão. “É ótimo que aconteça, com visita ou sem visita, o importante é que aconteça.”
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O anúncio da liberação do corredor humanitário foi feito por um comunicado do gabinete do primeiro-ministro de Israel durante a participação de Mauro Vieira em uma reunião extraordinária da Comissão de Relações Internacionais do Senado Federal. Por isso, segundo embaixador, ele ainda não estava totalmente atualizado da situação.
O comunicado israelense informou que os suprimentos humanitários não passarão pela fronteira pelo lado de Israel, mas não serão impedidos de entrar por meio do Egito, que deve ser o mesmo caminho utilizado para a retirada dos brasileiros e demais estrangeiros que seguem detidos no epicentro do confronto.
Conselho de Segurança da ONU
O ministro Mauro Vieira disse ainda que embarca nesta quarta-feira para Nova York onde vai assumir o comando dos trabalhos na presidência do Conselho de Segurança da ONU. Segundo ele, contudo, ainda não se tem a perspectiva de colocar em votação uma nova resolução sobre o tema.
O chanceler apontou, durante a audiência com os senadores, que o resultado da votação da resolução proposta pelo Brasil "foi uma vitória da nossa diplomacia" ao lembrar que o Conselho de Segurança não consegue aprovar uma resolução do tipo desde 2016, e que a resolução articulada pelo Brasil com os demais integrantes do conselho teve 12 votos de apoio. Todos os 10 membros rotativos, assim como a China e a França, votaram pela aprovação do texto; Rússia e Reino Unido se abstiveram, e apenas os Estados Unidos votaram contra.
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