Conflito Israel-Hamas

Em meio a bate-boca, comissão aprova ida de Amorim e Vieira à Câmara

Petistas e bolsonaristas entraram em acordo para que autoridades do governo participem de audiência pública sobre o assunto no Congresso

Na foto, o presidente Lula entre o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ex-chanceler e atual assessor da Presidência para assuntos internacionais Celso Amorim  -  (crédito: Ricardo Stuckert/PR)
Na foto, o presidente Lula entre o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ex-chanceler e atual assessor da Presidência para assuntos internacionais Celso Amorim - (crédito: Ricardo Stuckert/PR)
postado em 18/10/2023 14:41 / atualizado em 18/10/2023 14:42

Em meio ao bate-boca sobre a guerra no Oriente Médio, governo e oposição fizeram um acerto para levar autoridades do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para tratarem da crise entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas em uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Não há data confirmada, mas Vieira e Amorim devem comparecer até a primeira quinzena de novembro.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ex-chanceler Celso Amorim, hoje assessor especial de Assuntos Internacionais do presidente, foram convidados a falar sobre o tema na comissão. A oposição queria convocá-los, o que os obriga a ir de qualquer maneira, mas houve um acerto entre aliados de Jair Bolsonaro (PL) e petistas para que a convocação se transformasse em convites.

A sessão foi marcada por bate-boca entre deputados dos dois lados. Parlamentares da oposição voltaram a criticar o governo com o argumento de que o Estado brasileiro não reconhece o Hamas como uma organização terrorista.

Os petistas, por sua vez, rebateram e afirmaram que o governo reconheceu, sim, o tratamento e condenou os ataques iniciais do grupo contra os israelenses.

A deputada Fernanda Melchionna (PSol-RS) acusou a direita de ser uma "verdadeira máquina de fake news" e de ser "seletiva" no momento das críticas e de não sair em defesa dos civis palestinos, que estão morrendo na Faixa de Gaza.

Já Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirmou que a esquerda protege as "atrocidades cometidas pelo Hamas" e que não critica nem mesmo violência como estupro e decapitação de crianças.

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