Em meio ao bate-boca sobre a guerra no Oriente Médio, governo e oposição fizeram um acerto para levar autoridades do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para tratarem da crise entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas em uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Não há data confirmada, mas Vieira e Amorim devem comparecer até a primeira quinzena de novembro.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ex-chanceler Celso Amorim, hoje assessor especial de Assuntos Internacionais do presidente, foram convidados a falar sobre o tema na comissão. A oposição queria convocá-los, o que os obriga a ir de qualquer maneira, mas houve um acerto entre aliados de Jair Bolsonaro (PL) e petistas para que a convocação se transformasse em convites.
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A sessão foi marcada por bate-boca entre deputados dos dois lados. Parlamentares da oposição voltaram a criticar o governo com o argumento de que o Estado brasileiro não reconhece o Hamas como uma organização terrorista.
Os petistas, por sua vez, rebateram e afirmaram que o governo reconheceu, sim, o tratamento e condenou os ataques iniciais do grupo contra os israelenses.
A deputada Fernanda Melchionna (PSol-RS) acusou a direita de ser uma "verdadeira máquina de fake news" e de ser "seletiva" no momento das críticas e de não sair em defesa dos civis palestinos, que estão morrendo na Faixa de Gaza.
Já Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirmou que a esquerda protege as "atrocidades cometidas pelo Hamas" e que não critica nem mesmo violência como estupro e decapitação de crianças.
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