Os deputados federais do PSOL, Erika Hilton (SP), Pastor Henrique Vieira (RJ) e Luciene Cavalcante (SP) enviaram representação, na segunda-feira (16/10), ao Ministério Público Federal (MPF). A intenção do documento é pedir a investigação da Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, pela suposta prática de terapias de “cura gay”.
A igreja evangélica é apontada como responsável pelo retiro "Maanaim", que oferece serviços para "converter" jovens homossexuais e bissexuais à heterossexualidade. A influenciadora Karol Eller teria frequentado o local uma semana antes de tirar a própria vida, em 12 de outubro.
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De acordo com representação enviada ao MPF pelos parlamentares, “a conduta criminosa de tratamento de cura gay pelos Representados deve ser imediatamente coibida, assim como investigadas as vítimas já submetidas à tamanha violência, para que vidas sejam preservadas”. Os deputados afirmam que a prática é vedada pelo Conselho Federal de Psicologia e sugerem que seja movida uma ação pelos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio.
Os parlamentares ainda acrescentam que o retiro “Maanaim” também ocorre em outras regiões do país, e pedem que o MPF investigue entidades, profissionais, grupos e empresas envolvidos na atividade em todo o Brasil. “Os tratamentos de cura gay são verdadeiras práticas de tortura e agressão a toda a população LGBTQIAPN+, cuja orientação sexual ou designação de gênero são características inerentes a cada sujeito, sendo impossível sua alteração”, diz o documento.
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