Cura Gay

Deputados pedem investigação de igreja evangélica por "retiro da cura gay"

Assembleia de Deus de Rio Verde (GO) é apontada como responsável pelo retiro que oferece serviços para "converter" jovens homossexuais e bissexuais à heterossexualidade

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) é uma das responsáveis pelo pedido de investigação. -  (crédito: Billy Boss/Câmara dos Deputados)
A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) é uma das responsáveis pelo pedido de investigação. - (crédito: Billy Boss/Câmara dos Deputados)
postado em 17/10/2023 18:37

Os deputados federais do PSOL, Erika Hilton (SP), Pastor Henrique Vieira (RJ) e Luciene Cavalcante (SP) enviaram representação, na segunda-feira (16/10), ao Ministério Público Federal (MPF). A intenção do documento é pedir a investigação da Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, pela suposta prática de terapias de “cura gay”.

A igreja evangélica é apontada como responsável pelo retiro "Maanaim", que oferece serviços para "converter" jovens homossexuais e bissexuais à heterossexualidade. A influenciadora Karol Eller teria frequentado o local uma semana antes de tirar a própria vida, em 12 de outubro.

De acordo com representação enviada ao MPF pelos parlamentares, “a conduta criminosa de tratamento de cura gay pelos Representados deve ser imediatamente coibida, assim como investigadas as vítimas já submetidas à tamanha violência, para que vidas sejam preservadas”. Os deputados afirmam que a prática é vedada pelo Conselho Federal de Psicologia e sugerem que seja movida uma ação pelos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio.

Os parlamentares ainda acrescentam que o retiro “Maanaim” também ocorre em outras regiões do país, e pedem que o MPF investigue entidades, profissionais, grupos e empresas envolvidos na atividade em todo o Brasil. “Os tratamentos de cura gay são verdadeiras práticas de tortura e agressão a toda a população LGBTQIAPN+, cuja orientação sexual ou designação de gênero são características inerentes a cada sujeito, sendo impossível sua alteração”, diz o documento.

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