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Ibaneis sobre relatório final da CPMI do 8/1: "Estou muito tranquilo"

Ao Correio, governador salientou que está tranquilo sobre o relatório final da CPMI, apesar do pedido da relatora Eliziane Gama de "aprofundamento nas investigações"

Ibaneis:
Ibaneis: "Fiz depoimento espontâneo na Polícia Federal, sofri uma busca e apreensão em todos os meus endereços, entreguei meus telefones e computadores, também espontaneamente, e nada foi encontrado contra mim e meus atos. É ter paciência e esperar o tempo da Justiça" - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 17/10/2023 13:30 / atualizado em 17/10/2023 13:35

Após a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), ler o relatório final e pedir para que os órgãos competentes “aprofundem as investigações” sobre  Ibaneis Rocha (MDB), o governador do Distrito Federal afirmou estar muito tranquilo e que acredita na Justiça.

O relatório foi lido na manhã desta terça-feira (17/10). Ibaneis não foi indiciado pela CPMI, mas a relatora sugeriu que o governador seja responsabilizado criminalmente por omissão, mas ponderou a necessidade de continuidade das apurações. Ibaneis salientou estar tranquilo e que espera o tempo da Justiça.

"Estou muito tranquilo. Fiz depoimento espontâneo na Polícia Federal, sofri uma busca e apreensão em todos os meus endereços, entreguei meus telefones e computadores, também espontaneamente, e nada foi encontrado contra mim e meus atos. É ter paciência e esperar o tempo da Justiça", disse, ao Correio.

No relatório, a relatora cita o nome de Ibaneis no tópico de indiciamentos do documento, mas especificou que, apesar dos fatos apurados pela comissão, o colegiado não tem “competência constitucional” para investigar governadores. De acordo com Eliziane, o governador do DF “tinha pleno conhecimento do risco de atos violentos” e, mesmo assim, não agiu no sentido de reforçar a segurança na área central de Brasília.

“Conforme amplamente sabido, o efetivo das forças de segurança em 8 de janeiro foi reduzido, ainda mais se considerarmos os inúmeros avisos de que atos violentos ocorreriam”, escreveu a senadora no relatório.

168 nomes citados

O relatório pede ainda o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da deputada Carla Zambelli (PL-SP), do tenente-coronel Mauro Cid, do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres, do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, entre outros. Ao todo, 168 nomes foram citados para responsabilização criminal e aprofundamento das investigações, desses, pelo menos 62 são para indiciamento e 106 para serem investigados.

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