CONGRESSO

Presidente de comissão chama Dino de "despreparado" e "arrogante"

Deputado Sanderson (PL-RS), presidente da Comissão de Segurança Pública na Câmara dos Deputados, reclamou da ausência do ministro em audiência

Dino afirmou que tinha compromissos "inadiáveis" para faltar em audiência na Câmara -  (crédito: Agência Senado)
Dino afirmou que tinha compromissos "inadiáveis" para faltar em audiência na Câmara - (crédito: Agência Senado)
Bruno Nogueira - Estado de Minas
postado em 11/10/2023 17:18 / atualizado em 11/10/2023 17:20

O presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, deputado Sanderson (PL-RS), disse que o ministro da Justiça, Flávio Dino, é "despreparado" e "arrogante". O integrante do primeiro escalão do governo havia sido convidado para uma audiência nesta terça-feira (10/10), mas não compareceu perante os parlamentares.

"Confesso que não tinha presenciado um governo e um ministro da Justiça tão despreparado, arrogante e desrespeitoso com a sociedade brasileira. Ele não sabe nada de segurança pública, nada. Os seus secretários que o assessoram não sabem nada", disse o deputado.

Sanderson ainda ressalta que Dino "não tem condições" de ser ministro do Supremo Tribunal Federal, se referindo a possibilidade do membro do primeiro escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumir a cadeira deixada vaga com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Dino é um dos favoritos para se tornar magistrado da Suprema Corte, ao mesmo tempo que a indicação é alvo de protestos do núcleo bolsonarista no Congresso.

Ainda segundo Sanderson, o ministério foi aparelhado e há uma crise na segurança pública nacional. Dino já compareceu à comissão em outras oportunidades, ainda no primeiro semestre do ano, quando era convidado para falar sobre as ações do ministério em relação aos atos golpistas do 8 de janeiro. Na época ele viralizava com respostas em que os opositores consideravam como "debochadas".

A ausência de Dino ainda foi alvo de reclamação de outros deputados, que o chamaram de "covarde" e "fujão". Em ofício, o ministro afirmou ter "providências administrativas inadiáveis" referentes a uma operação policial e sugeriu que a Presidência da Câmara realize uma comissão geral no plenário, já que ele é alvo de 100 requerimentos.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br