CPI DAS PIRÂMIDES FINANCEIRAS

Defesa de Ronaldinho reage a indiciamento: "Querem ganhar holofotes"

Jogador foi indiciado no relatório final da CPI das Pirâmides Financeiras, da Câmara. Defesa do jogador aponta que "inexiste qualquer mínimo indício de prova de qualquer ilícito"

Ronaldinho chegou durante depoimento na CPI -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Ronaldinho chegou durante depoimento na CPI - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 09/10/2023 21:52

A defesa do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho reagiu na noite desta segunda-feira (9/10) a aprovação do relatório final da CPI das Pirâmides Financeiras, da Câmara, que o incluiu entre as 45 pessoas com pedido de indiciamento. A comissão concluiu que a empresa 18K Ronaldinho, ligada ao ex-atleta, está vinculada a negócios de criptomoedas, com promessas de dinheiro fácil para o investidor, com lucro de 2% e 400% de rentabilidade.

O advogado Sérgio Queiroz, que defende o jogador, diz que não há qualquer indício de prova de ilícito e que os parlamentares da CPI querem holofotes em cima de personalidades. "Inexiste qualquer mínimo indício de prova de qualquer ilícito. A CPI sequer se preocupou em ouvir os proprietários da empresa 18k.Trata-se de tentativa de ganhar os holofotes através de nomes de personalidades", afirmou o advogado, numa nota curta.

Queiroz se referia a dois sócios dessa empresa, acusados por Ronaldinho de ter explorado seu nome de forma criminosa. O ex-atleta da seleção e seu irmão e empresário Assis Moreira tiveram pedidos de indiciamento feitos pelo relator, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), acusados da prática dos crimes de estelionato, lavagem de bens e capitais, gestão fraudulenta e pelo crime de operação de instituição financeira sem autorização.

"Diante do suporte probatório delineado no relatório, indefensável a tese de Ronaldo de Assis Moreira e Roberto de Assis Moreira de não sabiam que a 18RONALDINHO e a 18kwatches não se tratava de um esquema fraudulento. A fim de melhor compreender a situação em análise, colacionamos diagramas explicativos da relação estreita entre Marcelo Lara, sócio fundador investigado por esta comissão, que encontra-se foragido, e Ronaldo de Assis Moreira", concluiu o relator.

Ronaldinho chegou a depor na CPI e chegou a ser elogiado por alguns deputados, no final. O presidente da CPI, Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), chegou a contar que tinha uma camisa do Flamengo com autógrafo do ex-jogador no seu escritório, no Rio.

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