O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou nesta segunda-feira (9/10) a primeira reunião pós-cirurgia. Segundo a agenda oficial, o chefe do Executivo participou às 11h de uma videoconferência que contou com a participação dos ministros José Múcio (Defesa) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), e do assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, Celso Amorim, entre outros.
Até as 18h20, o Planalto não havia informado quais assuntos foram abordados durante o encontro. Porém, de acordo com fontes palacianas ouvidas pelo Correio, uma das pautas foi o conflito Israel-Hamas e o resgate de brasileiros. Lula também conversou por telefonou com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no início da tarde, e disse que tem visto o cenário no Oriente Médio "com preocupação".
O petista está à frente da presidência brasileira do Conselho de Segurança das Nações Unidas e "precisa deixar os próximos passos afinados pois a situação está se agravando", disse um dos interlocutores.
Em nota divulgada no final da tarde, o Planalto afirmou ter sido "uma reunião de informes e para discutir as chuvas em Santa Catarina, o resgate dos brasileiros e a pauta no Congresso".
Participaram da reunião também os ministros Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), bem como o chefe do gabinete pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola.
Em fase de recuperação, Lula está proibido de receber visitas por 15 dias. No último dia 29, ele se submeteu a uma cirurgia no quadril e a um procedimento para redução da pele nas pálpebras.
No sábado (7), o presidente usou as redes sociais para condenar os ataques do Hamas a Israel. Lula se disse "chocado" e manifestou condolências aos familiares dos mortos.
"O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU. Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados", escreveu o presidente na data.
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