O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) leu uma nota de repúdio contra a invasão do Hamas em Israel e aproveitou para fazer uma crítica indireta ao oponente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O grupo fundamentalista islâmico fez um ataque surpresa com mais de 3 mil foguetes e homens armados contra moradores e soldados israelenses na manhã deste sábado (7/10).
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Na nota, lida durante o evento do PL Mulher em Belo Horizonte hoje, Bolsonaro destaca que o grupo ligado à Palestina parabenizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a vitória do petista no pleito de outubro de 2022.
“Pelo respeito e admiração ao povo de Israel, repudio o ataque terrorista feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou Luiz Inácio Lula da Silva quando o TSE anunciou o vencedor das eleições de 2022”, começou Bolsonaro.
Na ocasião, um membro da alta cúpula do Hamas, Busin Naim, publicou uma pequena nota em que chama Lula de “lutador pela liberdade” e que a vitória do petista significava “para todos os povos oprimidos em todo o mundo, particularmente para o povo palestino, pois el Lula é conhecido pelo seu apoio forte e contínuo aos palestinos em todos os fóruns internacionais”.
Na época, Lula não comentou o apoio. Após os ataques do Hamas neste sábado (7/10), Lula chamou a ação de “terrorista” e que ficou “chocado”.
“Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas”, disse o presidente.
O governo também convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para tratar do tema e voltar as nefociações de paz.
“País irmão”, diz Bolsonaro
Após a crítica a Lula, Bolsonaro continuou a nota e chamou Israel de país irmão”. “Fundado em 1948, por deliberação da ONU de 1947, em sessão presidida pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, Israel é um país irmão com profundos laços culturais e religiosos com o nosso povo", disse o ex-presidente.
"Lamentamos as mortes de civis e militares israelenses, bem como condenamos o sequestro de mulheres e crianças pelos terroristas do Hamas para dentro da Faixa de Gaza. Para que a paz reine na região, lideranças palestinas precisam abandonar o terrorismo e reconhecer o direito de Israel a existir. Somente assim, um acordo entre as partes poderá existir. Shalom, Jair Bolsonaro", disse.
Com informações da Agência Estado
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