O governo brasileiro condenou o ataque do Hamas contra Israel, iniciado na manhã deste sábado (7/10). Em nota oficial do Ministério das Relações Exteriores (MRE), a gestão Lula diz que “não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis” e convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), órgão que preside.
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“O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina”, diz a nota.
O órgão também informou que não há notícia de vítimas brasileiras no ataque. O Brasil também pediu que “todas as partes” exerçam “máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”.
“O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”, afirmou.
O MRE também pediu que seja “urgente a retomada das negociações de paz” entre Israel e Palestina.
Ataque foi iniciado pelo lançamento de foguetes em Gaza
Os homens do Hamas invadiram as cidades israelenses durante uma ofensiva com mais de 5 mil foguetes disparados da Faixa de Gaza.
Enquanto o fogo era lançado, os militantes armados entraram pela fronteira e começaram a invadir casas, matar soldados e civis e sequestrar israelenses.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram as cidades tomadas destruídas pelos foguetes, pânico dos moradores do país invadido e uma agressividade dos militantes. No início da operação, o comandante do Hamas publicou um vídeo e convocou os palestinos de todo o mundo para lutar.
Nas primeiras horas da invasão do Hamas, mais de 2,5 mil foguetes foram lançados contra Israel. Sirenes antiaéreas soaram nas principais cidades de Israel, inclusive em Tel Aviv e em Jerusalém. De acordo com a imprensa israelense, pelo menos 35 civis teriam sido sequestrados pelos militantes do grupo fundamentalista islâmico.
Diretor de vendas de uma empresa na área de high-tech e filho de brasileiros, Yanai Gilboa-Glebocki, 58 anos, mora em Bror Hayil, um kibbutz situado a 7,5km da fronteira com a Faixa de Gaza. Pelo menos 60% dos moradores de Bror Hayil são brasileiros, filhos e netos.
Em entrevista ao Correio, Yanai contou: “Fomos surpreendidos de uma forma muito ruim”.
“Lamentavelmente, tem muitos mortos e feridos. Soldados e civis foram sequestrados para dentro de Gaza. Tanques e jipes do Exército israelense foram capturados pelo Hamas. Dois, três ou até mais kibutzim estão sob controle do Hamas. A situação é ruim”, disse.
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