barbárie

Chacina no Rio: Sâmia exige "investigação robusta"

Deputada do PSol e parentes cobram apuração que comprove a motivação do crime e pedirão acesso ao inquérito. Versão de que os médicos foram atacados por engano não estaria convencendo a família. Enterro do irmão será hoje

Sâmia e a família não estariam convencidos de que Diego e os médicos foram mortos por engano. Por isso, continuarão acompanhando as investigações -  (crédito:  Reprodução/Estadão Conteúdo)
Sâmia e a família não estariam convencidos de que Diego e os médicos foram mortos por engano. Por isso, continuarão acompanhando as investigações - (crédito: Reprodução/Estadão Conteúdo)
postado em 07/10/2023 03:55

A deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP) afirmou que vai pedir acesso ao inquérito da Polícia Civil que investiga o assassinato do irmão dela, o ortopedista Diego Bomfim, e de mais dois médicos, quinta-feira, em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A família não estaria satisfeita com a versão de que os profissionais foram executados por engano.

"Nós, da família, vamos pedir, por meio dos nossos advogados, acesso aos dados do inquérito, conforme a lei nos possibilita, para que a gente possa ter acesso às informações e acompanhar de perto todas as linhas e possibilidades de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro", disse Sâmia Bomfim, durante o velório do irmão, ontem, em Presidente Prudente (SP). O corpo do médico foi transladado do Rio de Janeiro, em um helicóptero do Corpo de Bombeiros fluminense, para a cidade da família, no interior de São Paulo.

Sâmia disse ainda que vai seguir acompanhando a investigação e espera que ela seja célere, mas, ao mesmo tempo, a mais criteriosa possível. "Nossa expectativa é de que se apure tudo que aconteceu com meu irmão e com todos os outros vitimados no Rio de Janeiro", enfatizou a deputada.

Horas depois das declarações de Sâmia, a assessoria da parlamentar emitiu uma nota, em nome da família, confirmando o pedido e cobrando uma apuração robusta do caso. "A família de Diego Bomfim decidiu pedir acesso a todos os autos do inquérito e está formalizando a procuração para que os advogados possam acessar as provas e o conteúdo da investigação no Rio de Janeiro", diz o comunicado. "Um crime tão bárbaro precisa de uma investigação robusta e provas concretas para comprovar efetivamente a autoria e as motivações do crime", acrescenta.

Homenagem

Com a voz embargada, a mãe do médico, Antonia Bomfim, não falou sobre o crime, apenas da gratidão por ter convivido com o filho por 35 anos. "Eu agradeço a Deus pelo filho lindo que ele me deu. Diego demonstrava alegria e generosidade, ele era amigo de todos, ele preservava amizades até do ensino médio, tem muitos amigos aqui", contou. "Eu quero agradecer a todas as mensagens de carinho, a todos os abraços. Deus me deu esse presente, eu pude conviver com ele 35 anos."

Nas redes sociais, Sâmia publicou um texto em homenagem ao irmão. "Diego, meu irmão querido. Você sempre foi nosso maior orgulho. Um homem íntegro, doce, gentil, alegre, brincalhão, inteligente, amigo. Estava começando a realizar seus sonhos pessoais e profissionais, trabalhando muito. De você só tenho boas lembranças, da infância, adolescência, de quando moramos juntos, de quando cuidava do Hugo. Eu te amo para sempre", diz a publicação.

Ainda na homenagem, a deputada promete ao irmão se empenhar por justiça. "Não vamos nos conformar, vamos lutar por justiça. Você sempre incentivou que eu usasse minha voz e posição para brigar pelo certo e pelo justo. Essa briga, eu daria tudo para não precisar dar, mas será a maior de todas elas", completa. O enterro do ortopedista está marcado para hoje, às 9h.

 

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