barbárie

Chacina de médicos: comoção e cobrança no governo e no Congresso

O presidente Lula e os chefes do Senado e da Câmara, Pacheco e Lira, pedem rigor nas apurações. Outros parlamentares e ministros também se manifestam

Lira pediu ao governador do Rio para ser atualizado sobre o caso. Pacheco falou em
Lira pediu ao governador do Rio para ser atualizado sobre o caso. Pacheco falou em "tristeza profunda" - (crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)
postado em 06/10/2023 03:55

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros de Estado e parlamentares prestaram condolências às famílias dos médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, assassinados, nesta quinta-feira, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e cobraram a elucidação do caso.

Lula disse ter recebido a notícia dos homicídios com "grande tristeza e indignação". O presidente informou que a Polícia Federal "sob determinação do ministro Flávio Dino, está acompanhando o caso".

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conversaram por telefone para tratar do assunto. O primeiro contato entre eles ocorreu na manhã desta quinta-feira, quando o deputado ligou para o gestor fluminense pedindo informações sobre o atentado, por envolver a morte de Diego Bonfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP) e cunhado do também deputado do PSol, Glauber Braga.

Como uma das suspeitas é de execução motivada por motivos políticos, Lira pediu a Castro que fosse mantido atualizado sobre o andamento das investigações. O governador prometeu agilidade na apuração do que classificou como "assassinato bárbaro". "Assumi o compromisso de dar uma pronta resposta sobre a autoria e a motivação", enfatizou o gestor.

No segundo contato com Lira, Castro informou que a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que um dos médicos, Perseu Ribeiro, ter sido confundido com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do miliciano Dalmir Pereira Barbosa, que teria residência a menos de um quilômetro do local da chacina.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou rigor nas investigações. "Gera uma tristeza profunda a todo o Brasil. Esse fato tem que ser meticulosamente, detalhadamente, investigado, para saber suas motivações, e o Congresso Nacional obviamente acompanhará, de maneira muito próxima, os desdobramentos", frisou.

Líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) ressaltou que, "por ser um crime que envolve dois parlamentares, deve ter uma análise pormenorizada de todos nós, inclusive com a possibilidade de acompanhamento federal sobre as investigações". "Um crime dessa natureza, por envolver o parentesco com dois deputados federais com notória atuação, deve ter um acompanhamento detalhado", reiterou.

Nas redes sociais, outros parlamentares e integrantes do governo se manifestaram. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a crueldade do atentado e afirmou que "a barbárie da violência redobra a dor da perda". Guilherme Boulos (SP), líder do PSol, cobrou a elucidação do caso. "É preciso investigar e encontrar os responsáveis por esse crime brutal", declarou.

 

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