O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros de Estado e parlamentares prestaram condolências às famílias dos médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, assassinados, nesta quinta-feira, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e cobraram a elucidação do caso.
Lula disse ter recebido a notícia dos homicídios com "grande tristeza e indignação". O presidente informou que a Polícia Federal "sob determinação do ministro Flávio Dino, está acompanhando o caso".
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conversaram por telefone para tratar do assunto. O primeiro contato entre eles ocorreu na manhã desta quinta-feira, quando o deputado ligou para o gestor fluminense pedindo informações sobre o atentado, por envolver a morte de Diego Bonfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP) e cunhado do também deputado do PSol, Glauber Braga.
Como uma das suspeitas é de execução motivada por motivos políticos, Lira pediu a Castro que fosse mantido atualizado sobre o andamento das investigações. O governador prometeu agilidade na apuração do que classificou como "assassinato bárbaro". "Assumi o compromisso de dar uma pronta resposta sobre a autoria e a motivação", enfatizou o gestor.
No segundo contato com Lira, Castro informou que a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que um dos médicos, Perseu Ribeiro, ter sido confundido com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do miliciano Dalmir Pereira Barbosa, que teria residência a menos de um quilômetro do local da chacina.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou rigor nas investigações. "Gera uma tristeza profunda a todo o Brasil. Esse fato tem que ser meticulosamente, detalhadamente, investigado, para saber suas motivações, e o Congresso Nacional obviamente acompanhará, de maneira muito próxima, os desdobramentos", frisou.
- Rio de Janeiro: área controlada por milícias cresce 387% em 16 anos
- Polícia faz operação contra suspeitos de integrar milícia no Rio
- Rio das Pedras: em área comandada pela milícia, ação do Estado é limitada
Líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) ressaltou que, "por ser um crime que envolve dois parlamentares, deve ter uma análise pormenorizada de todos nós, inclusive com a possibilidade de acompanhamento federal sobre as investigações". "Um crime dessa natureza, por envolver o parentesco com dois deputados federais com notória atuação, deve ter um acompanhamento detalhado", reiterou.
Nas redes sociais, outros parlamentares e integrantes do governo se manifestaram. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a crueldade do atentado e afirmou que "a barbárie da violência redobra a dor da perda". Guilherme Boulos (SP), líder do PSol, cobrou a elucidação do caso. "É preciso investigar e encontrar os responsáveis por esse crime brutal", declarou.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br