O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou, ontem, R$ 300 milhões em investimentos no Aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio de Janeiro, que desde domingo divide de forma mais equânime o tráfego de chegadas e partidas com o Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, próximo do Complexo da Maré. Ele se reuniu com o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, para analisar o novo fluxo das aeronaves e os reflexos para a população a curto prazo.
Resta, porém, definir como ficará a situação dos voos entre o Rio de Brasília, que, por ora, seguem para o Tom Jobim. Há uma grande pressão dos políticos fluminenses para que seja a única exceção no Santos Dumont — cuja diminuição de voos será gradual até dezembro.
De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil, em setembro o Santos Dumont registrou 5.028 decolagens, enquanto o Galeão somou menos da metade (1.902). Com as transferências, a Anac prevê que, até o fim do ano, esses números fiquem em 4 mil e 3 mil, respectivamente.
"Nossa decisão, depois de ouvir o prefeito e de ouvir muitos que dialogam com a importância do Galeão para o Rio, é de manter a portaria que já está estabelecida, para que a gente possa avançar no fortalecimento do Galeão. Vamos analisar a portaria, no sentido de ampliar os voos para Brasília, porque essa é uma forma de a gente trazer ainda mais voos para fortalecer o Galeão", afirmou Costa Filho.
O investimento no Santos Dumont, segundo o ministro, será para aumentar a segurança na hora do pouso das embarcações, na área de escape,
Costa Filho salientou que o ministério trabalhará com três pilares. "A aviação regional é a prioridade. Na aviação internacional temos uma parceria com a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) para trazer novos voos internacionais e low cost. Em terceiro está a aviação de cargas, que é fundamental para exportação e importação do Brasil", adiantou ao Correio.
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