No apagar das luzes do funcionamento das CPIs na Câmara, a comissão que investiga as pirâmides financeiras aprovou na tarde desta quarta-feira (27/9) a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador da seleção brasileira e um dos maiores atletas do país. Os deputados fizeram o mesmo em relação a seu irmão e empresário, Assis Moreira.
O autor do requerimento foi o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que é o relator da CPI. O parlamentar requer junto ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) o encaminhamento de seus relatórios de inteligência financeira envolvendo os dois irmãos.
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O pedido se relaciona com a empresa 18k Ronaldinho, que, argumenta a CPI, promoveu a ideia de retorno financeiro de até 400% em menos de um ano para quem investisse em criptomoedas. O nome do jogador estaria vinculado a esse tipo de negócio, o que Ronaldinho negou em seu depoimento na comissão há um mês. O ex-atleta afirmou que não tem relação com a 18k Ronaldinho, mas com a 18k Ronaldinho Watches, empresa que comercializa relógios.
Para o relator, há indícios que apontam que a venda de relógios não era a principal atividade da empresa. Silva afirmou que houve bloqueio de retiradas de investidores e, por isso, a empresa foi associada a um esquema de pirâmide financeira.
Na CPI, Ronaldinho disse ter sido vítima desse esquema, e não o responsável por essas operações. Ainda assim, a comissão aprovou a quebra dos seus sigilos.
"É crucial analisar os relatórios de inteligência financeira do Ronaldo e do Assis para compreender a magnitude e extensão desse esquema fraudulento", afirmou o relator no seu pedido.
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