O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), teria informado por mensagem, nesta quarta-feira (27/9), a lideres partidários que não haverá votações no plenário esta semana, como informa o jornal Estadão.
O Correio apurou que Lira deve se reunir com os líderes partidários na Residência Oficial às 17h de hoje para definir a pauta da sessão de logo mais.
A medida vem em meio à união entre a oposição, capitaneada pelo lider da oposição no Senado, Rogerio Marinho (PL-RN), e frentes parlamentares, liderada pela agro (FPA), para obstruir a pauta do Congresso em protesto à “interferência” do Supremo Tribunal Federal (STF) em atribuições do Legislativo.
"Essa semana não se vota mais nada. Cada um no seu quadrado (em referência ao STF e Congresso). Ruralistas, a bancada da segurança pública e evangélicos fechados”, disse o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), líder da bancada evangélica.
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Lira, por sua vez, tem interesse em pressionar o presidente Luiz Inacio Lula da Silva para que ele indique outra leva de cargos, abrigando o Centrão, em particular em relacao à Caixa Econômica Federal.
Na segunda (25), Lula falou aos jornalistas, em evento no Itamaraty, que ainda não está aberto a trocar Rita Serrano da presidência do banco. “Não adianta ficar torcendo para água que você quer que passe embaixo da ponte chegue logo, ela vai chegar no momento certo.”
“Na hora em que eu tiver de mexer em alguma coisa, eu vou mexer. Vocês saberão, porque não haverá nada à meia noite, será feito de dia, com comunicado expresso à imprensa”, disse o presidente.
“O que eu espero é que os ministros que fazem base do meu governo convençam suas bancadas a votar naquilo que interessa ao povo brasileiro. E tudo que está na Câmara para ser votado é de interesse do povo brasileiro”, completou ele, fazendo referência aos nomes indicados pelo PP e pelo Republicanos para os ministérios do Esporte, Andre Fufuca, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
O petista contraria Lira, que afirmou à Folha de S.Paulo, no último dia 17, que o presidente faria indicações políticas para a Caixa e que Lula entregaria o banco de “porteira fechada”.
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