O deputado André Janones (Avante-MG) e o deputado Filipe Barros (PL-PR) protagonizaram uma briga durante sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) nesta terça-feira (26/9) e precisaram ser separados. Janones saiu em defesa do ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, acusado por Barros de “abusador de autoridade”.
“O ministro é um abusador, abusa de sua autoridade, viola a Constituição Federal por ignorar por completo a materialidade, e ainda é covarde por não responder às perguntas”, disse Barros ao ministro Silvio Almeida. O chefe da pasta de Direitos Humanos e Cidadania presta depoimento na CFFC sobre discurso em que teria dito que “adversários da democracia e da República não terão um dia de paz”.
O deputado do PL, no entanto, desvirtuou da pauta para acusar o ministro de abuso de poder por ter acionado a Advocacia Geral da União (AGU) contra ele e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Os dois divulgaram a informação de que o governo implementaria banheiros unissex. A ação gerou nota de repúdio do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania e denúncia à AGU.
Ao responder a acusação, o ministro Silvio Almeida ressaltou que foi chamado de covarde e também de analfabeto — já que Barros disse que o ministro não sabia ler. Ele respondeu: “Acredito que não somos analfabetos”. Os apoiadores da direita começaram, então, a gritar que o ministro teria ofendido o parlamentar.
Janones partiu em defesa do ministro, pedindo para que a presidente da sessão, deputada Bia Kicis (PL-DF), tomasse alguma atitude. Ele reforçou que o ministro foi chamado de abusador e covarde e que a presidente não fez nada.
O deputado Barros começou a rebater Janones e os dois subiram o tom. Chegaram a ficar em pé, frente a frente, muito próximos de partir para a violência física. Depois, Barros voltou a se sentar e Janones foi contido por parlamentares. A sessão teve pausa de 5 minutos e retornou com mais perguntas dos parlamentares ao ministro.
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