A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro ouve, nesta terça-feira (26/9), a partir das 9h, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, general Augusto Heleno. Segundo decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, Heleno não poderá faltar ao depoimento, mas tem direito de permanecer em silêncio. O militar foi convocado na condição de testemunha.
Acompanhe ao vivo a CPMI, que ouve Augusto Heleno:
A presença de Heleno é vista com grande expectativa por integrantes da Comissão. A senadora e relatora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que o general "trará informações de enorme valia". Já para a senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA), autora de um dos requerimentos de convocação, o depoimento do ex-ministro de Segurança Institucional "é imperioso e imprescindível para o desenrolar da fase instrutória e, obviamente, para futuro deslinde das investigações".
Segundo ela, é "necessário que o depoente esclareça, entre outras coisas, seu envolvimento direto ou indireto em fatos que possuam nexo de causalidade na tentativa de golpe ocorrida em 08 de janeiro de 2023".
No início de junho, o general Heleno foi ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Na ocasião, o militar afirmou que a a expressão "golpe", usada pelas pessoas para se referir à invasão aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro, estaria sendo mal empregada.
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“Um golpe, para ter sucesso, precisa ter líderes. Um líder principal, alguém que esteja disposto a assumir esse papel. Não é uma atitude simples, ainda mais em um país do tamanho do Brasil. Esse termo golpe está sendo empregado com extrema vulgaridade. Não é uma coisa simples de se avaliar que uma manifestação, demonstração de insatisfação, por exemplo, possa se caracterizar um golpe”, disse o general aos deputados distritais.
O general Heleno deve ser questionado sobre os acampamentos golpistas instalados no Quartel-General do Exército após as eleições e se sabia da susposta reunião de Bolsonaro com integrantes das Forças Armadas no ano passado, para discutir a possibilidade de golpe no país. O encontro foi revelado em delação premiada do ex-ajudantes de ordens do ex-presidente Bolsonaro, Mauro Cid.
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