O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta segunda-feira, que não vai guiar a sua escolha para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos critérios de raça ou gênero. Segundo o petista, o nome para ocupar o posto a ser aberto com a aposentadoria da ministra Rosa Weber — que deixa a Corte em 2 de outubro — deverá "atender aos interesses do Brasil".
"Já tenho várias pessoas na mira. Não precisa perguntar essa questão de gênero ou cor. No momento certo, vocês vão saber quem eu pretendo indicar", disse o presidente, durante entrevista no Ministério das Relações Exteriores, logo após se encontrar com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chính.
Lula destacou que não tem pressa para indicar os nomes para o STF nem para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Disse que espera acabar com a disputa entre políticos e Judiciário e entre o Judiciário e o Executivo. "Se cada um cumprir sua função no país, as coisas vão ficar muito bem", ressaltou. "Não adianta você ficar torcendo para que a água que deve passar embaixo da ponte passe. Ela vai chegar no momento certo", emendou.
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Apesar de pressionado por campanha pública para a escolha de uma ministra negra ao STF, o presidente vem afirmando a independência desse critério de escolha. "Estou muito tranquilo, pois vou escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e às expectativas do Brasil, que possa servir ao Brasil, que tenha respeito com a sociedade brasileira. Uma pessoa que tenha respeito, mas não tenha medo da imprensa", concluiu.
Quanto às possíveis alterações na Caixa Econômica Federal, que fazem parte das negociações para acomodar o Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), Lula disse que pode mexer em todos os cargos do Executivo, só não poderia alterar os eleitos pelo povo: ele e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
O petista acrescentou que tudo virá ao seu tempo, mas que, no momento, não pretende anunciar nenhuma mudança.
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