Justiça

Gilmar Mendes diz que Aras deixa legado de 'reinstitucionalização' do MP

Chefe do Ministério Público deixa o cargo nesta terça-feira (26), pois não será reconduzido pelo presidente Lula

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), elogiou a gestão do procurador-geral da República, Augusto Aras, que deixa o cargo nesta terça-feira (26), após quatro anos à frente do Ministério Público.

Gilmar afirmou que durante sua atuação, Aras gerou "reinstitucionalização" do órgão. O magistrado é um dos maiores críticos da Lava-Jato, operação que mirou desvios nos cofres da Petrobras. Para o ministro, a força-tarefa montada em Curitiba perseguiu políticos e violou leis.

"A conclusão do mandato de Augusto Aras na PGR deixa um legado de reinstitucionalização do Ministério Público Federal. A judicialização e a criminalização da política não são instrumentos de transformação social, mas sim estratagemas de grupos que, nos últimos anos, arvoraram-se na deturpação da lei como estratégia de instrumentalização política", afirmou Gilmar.

"A democracia se faz com um MP independente e imparcial", completou o ministro.

Mais Lidas