Divisão

Padilha: governo acredita que PP ampliará participação na base

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais se reuniu nesta quarta (20/9) com a bancada do PP na Câmara, um dia após aprovação de diretriz interna que tende à oposição

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, reuniu-se na tarde desta quarta-feira (20/9) com a bancada do PP na Câmara dos Deputados. O encontro ocorre em meio a racha entre ala da legenda que quer aderir à base governista, e outra ala que defende permanecer na oposição.

Para Padilha, apesar do racha e da aprovação de uma Agenda Central pelo PP que vai de encontro a pautas estratégias para o governo, o partido deve "não só continuar, mas ampliar" a votação junto ao governo em pautas estratégicas, especialmente na área econômica.

"Primeiro que todo partido tem seu estatuto, tem seus posicionamentos. Nós acreditamos que a colaboração que a bancada do PP já deu nos últimos seis meses aprovando o marco fiscal, aprovando a reforma tributária, aprovando a criação de todos os programas sociais do governo, e tendo contribuído para salvar a democracia, rechaçar os atos golpistas de 8 de janeiro, essa colaboração, esse movimento, será ainda maior a partir do momento que o líder da bancada do PP na Câmara assume um ministério", respondeu Padilha ao ser questionado sobre a aprovação da Agenda Central do Progressistas, durante reunião ontem (19).

Divisão interna

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), é contra a adesão da legenda à base governista, e tem o apoio de uma ala da legenda. A  bancada do partido na Câmara, porém, incluindo o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), defende em peso a adesão. O texto aprovado ontem pela Executiva Nacional traz posicionamentos contrários ao aborto, à descriminalização das drogas e a favor de privatizações, contrariando posições do governo.

Padilha citou as falas recentes de Lira, do ministro dos Esportes, André Fufuca (ex-líder do PP na Câmara), e o convite para a reunião desta quarta como sinalizações de que a legenda vai contribuir para as próximas votações no Congresso. Em sua avaliação, a aproximação também ajuda no diálogo com outras legendas.

"São demonstrações, para nós claras, de que esse esforço que já existia no primeiro semestre de votar e aprovar a agenda prioritária do governo, a recuperação econômica do país, a recriação dos sociais, rechaçar os atos golpistas do 8 de janeiro não só vai continuar, mas vai se ampliar na medida que tem a presença do ministro André Fufuca", frisou Padilha.

Questionado, o ministro disse ainda ter a mesma expectativa em relação ao Republicanos.

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