As redes sociais de extrema direita fizeram circular, ontem, vídeo no qual um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro hostiliza o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à saída do hotel Lotte — onde o brasileiro está hospedado. Era cinco mulheres que chamaram o petista de "pinguço", "ladrão" e "bêbado". O episódio aconteceu no domingo.
O grupo de bolsonaristas ainda se irrita com a segurança, que tenta evitar que elas se aproximem do presidente. "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão", esbravejam as mulheres. "O cachaceiro está ali, o pinguço", grita a manifestante que faz o vídeo.
Mas, ontem, o incômodo com o quadril fez com que Lula se mantivesse a maior parte do tempo recolhido e em reuniões. Dos oito ministros que integram a comitiva oficial, Márcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência, aproveitou a tarde em que o presidente da República ficou trabalhando o discurso e foi ao consulado para uma reunião com os apoiadores do presidente radicados em Nova York.
"Esse grupo foi muito importante quando Lula estava preso, ajudou a dar mais visibilidade à situação dele", disse Macedo ao Correio. Ele já havia representado o presidente na cúpula da ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e anunciou que o Brasil vai recriar a comissão nacional para tratar desse tema, com representantes de 37 ministérios, da sociedade civil e de estados e municípios.
Da mesma forma como Lula vem se mantendo um pouco mais recluso, a primeira-dama Janja também adotou uma postura mais reservada nesta viagem a Nova York. Não levou assessora e nem divulga agenda. Ontem, ela participou de um café na ONU promovida pelo "Women led-Cities", uma iniciativa global para o empoderamento feminino nas cidades. Foi o primeiro evento dela na ONU.
"O lugar que ocupo pode ajudar a levar mensagens que, para as mulheres são importantes", salientou Janja, que estava acompanhada da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, do ministro das Cidades, Jader Filho, e da empresária Luiza Trajano, do grupo Magalu. (Colaborou Faio Grecchi)
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