O Palácio do Planalto divulgou na noite desta segunda-feira (18/09) uma nota à imprensa justificando os quase R$ 8 milhões de gastos com o cartão corporativo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o comunicado, o valor é justificado pela “intensa agenda internacional” de Lula da Silva e teria trazido para o Brasil mais de R$ 110 bilhões em novos investimentos. A resposta vem depois que dados do Portal da Transparência, apontam que Lula gastou em 7 meses de mandato mais que todos os seus antecessores que utilizaram o instrumento.
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O cartão de Lula somou quase R$ 8 milhões. Bolsonaro, no mesmo período, R$ 5,3; Temer R$ 3,8 milhões e Dilma registrou R$ 4,9 milhões, segundo matéria do jornal Folha de S.Paulo publicado nesta segunda-feira (18/9).
Mais cedo a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República questionou os valores que constavam na matéria do diário, que garante ter realizado a comparação atualizando os valores. “A Presidência da República não gastou em 2023 mais do que a gestão anterior com o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF). As despesas pagas nos primeiros sete meses deste ano são inferiores aos valores registrados no ano passado, passando de R$ 8,8 milhões em 2022 para R$ 7,99 milhões em 2023″, disse a Secom em nota.
No final do dia, o tom da nota mudou e a Presidência da República divulgou uma nova nota em que justifica a ampliação dos gastos em função da agenda internacional de Lula.
Veja a íntegra da nota da Presidência:
"O Brasil havia abandonado o seu protagonismo internacional e para reverter esse quadro, o Presidente Lula vem realizando uma intensa agenda de viagens internacionais em 2023, que resultaram diretamente em 111,5 bilhões de reais em novos investimentos para o país nos seis primeiros meses do ano.
É importante salientar, novamente, que a maior parte dos quase R$ 8 milhões gastos em despesas realizadas com o cartão corporativo no exercício de 2023 refere-se a serviços de apoio de solo das aeronaves em viagens internacionais, resultado desse intenso trabalho em curso pela atual gestão para retomar as relações diplomáticas do Brasil com o mundo.
Além de recuperar a imagem do país no exterior, o objetivo das viagens é também restabelecer as relações comerciais com parceiros importantes, o que resulta na atração de investimentos estrangeiros em áreas estratégicas que contribuem diretamente para a recuperação da capacidade do mercado interno, impulsionando a geração de emprego e renda no Brasil."