O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), disse que “foi um absurdo” a permanência dos acampamentos bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, e que “foi um erro” a Força ter permitido que pessoas se instalassem em “uma área de segurança nacional”. A declaração foi dada nesta quinta-feira (14/9) no intervalo do depoimento do general Gustavo Henrique Dutra.
“Ninguém de bom senso vai julgar que em um país democrático, onde existe a Constituição, o funcionamento pleno dos Três Poderes, onde tivemos eleições legítimas, que um grupo de pessoas se instale dentro de uma área que é de segurança nacional, monte um acampamento e fique pedindo para que o Exército rompa o seu compromisso e impeça a posse de um presidente eleito”, avaliou o deputado.
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Para Maia, a atuação do Exército diante dos acampamentos na Praça dos Cristais “foi um erro”. “Dizer quem foi que errou, como foi, é outra coisa, mas é óbvio que esses acampamentos foram um absurdo, um despautério, não tem lógica ter um acampamento na porta do Exército pedindo para haver uma intervenção militar”, destacou. “Isso é fazer apologia ao fim da democracia no país”, completou o parlamentar.
“Qualquer pessoa que tenha bom senso há de reconhecer que esses acampamentos foram um absurdo e eu espero que não se repita”, ressaltou Maia.