O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou nesta quinta-feira (14/9) a promessa de ajuda ambiental de países ricos, feita em 2019, de doação anual no valor de US$ 100 bilhões por ano. O chefe do Executivo disse que "o Brasil não vai ficar esperando". A declaração ocorreu durante cerimônia de assinatura do projeto de lei do Programa Combustível do Futuro, que será encaminhado ao Congresso com foco em transição energética e na mobilidade sustentável de baixo carbono para ajudar o Brasil a atingir metas internacionais de redução das emissões de gases de efeito estufa.
"Os países ricos precisam cumprir a promessa que fizeram aos países pobres. Desde 2019 nós estamos esperando a doação de US$ 100 bilhões por ano e que não apareceu até agora. O Brasil não vai ficar esperando doação. O Brasil vai por conta própria resolver o seu problema", afirmou Lula.
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O presidente comentou ainda que o debate sobre combustíveis renováveis estará na pauta da Assembleia-Geral da ONU, na próxima semana em Nova York.
"Segunda-feira eu estarei em NY com Lira, Pacheco, Haddad... nós vamos fazer um grande debate e a questão do combustível renovável estará na pauta. Nós vamos ter a COP nos Emirados Árabes e, na volta, vamos passar na Alemanha para fazer um grande debate com os empresários alemães, para mostrar a eles que o Brasil é e vai se tornar um grande produtor de alternativa de combustível nesse país."
O petista também se dirigiu aos empresários agradecendo aos que "acreditaram" e prometeu reabertura de usinas de biodiesel. "Eu sei que muitas usinas de biodiesel fecharam e, se depender de mim, nós vamos recuperar todas."
"Nós não temos que depender de alguém dizer se a gente pode ou não. É uma decisão do governo brasileiro com a aprovação de projetos que mandaremos para a Câmara e para o Senado para que o Brasil tome conta do seu nariz", continuou.
"O Brasil tem uma base intelectual respeitada. As nossas universidade podem participar e ajudar a gente a fazer aquilo que a gente ainda não sabe. O nosso consumidor precisa de combustível limpo, o nosso trabalhador precisa de emprego nessa luta que a gente quer fazer contra a desigualdade no mundo. Não tem nada melhor para diminuir a desigualdade do que a geração de empregos."
Live às 12h
O presidente disse ainda aos empresários que 'o que tinha que oferecer, ofereceu'.
"Por isso pedi aos empresários: o que eu tinha que oferecer eu ofereci: credibilidade, estabilidade jurídica política, econômica, socai e previsibilidade. Neste país ninguém será pego de surpresa. Não terá live às 5h. Elas serão feitas às 12h para que todo mundo saiba o que vai acontecer. Nesse país, nossa relação com o Congresso será uma relação verdadeira em que a gente não tenha preocupação de conversar com deputado, senadores, fazer acordo se tiver que fazer, porque o objetivo de todos nós é tirar o Brasil de ser eternamente um país em desenvolvimento e finalmente transformá-lo em um país desenvolvido, rico e desenvolvido socialmente", concluiu.
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