O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou na tarde desta quarta-feira (13/9) que a reforma tributária proposta pelo governo federal se assemelha ao dito popular de “fazer caridade com o chapéu alheio”. Ao falar na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 45/2019), em tramitação na Casa, Caiado observou que os estados e municípios serão os maiores perdedores com a unificação dos tributos no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual.
O governador apresentou estudos mostrando que enquanto o peso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a arrecadação é de 81%, os impostos federais tratados na reforma — IPI, PIS e Cofins — correspondem a apenas 17% da arrecadação da União. No caso dos municípios, o peso é de 46%.
- Veja como a reforma tributária pode impactar a sua vida
- Reforma tributária ainda longe do consenso
- Artigo: A necessária reforma tributária sobre o consumo
Outro ponto criticado por Caiado é o fim dos incentivos fiscais que, para ele, beneficiariam os estados do Sul e Sudeste, regiões mais desenvolvidas do país, prejudicando as demais. Recorrendo à memória de Juscelino Kubitscheck, que transferiu a capital do país para o Centro-Oeste para promover o desenvolvimento do país, o político disse que a reforma contraria esse princípio.
"Temos que ter visão de país e de desenvolvimento regional. A reforma inverte o eixo (criado por JK) e beneficia o Sul e Sudeste”, opinou. Ele rejeitou a tese de que os incentivos oferecidos nessas regiões provoquem uma guerra fiscal entre os estados. “Os estados dessas regiões querem apenas o direito de crescerem economicamente”, apontou.
Saiba Mais
-
Política Moraes vota para condenar primeiro réu do 8 de janeiro a 17 anos de prisão
-
Política PEC da Anistia é adiada, com acusação de proteção ao partido de Bolsonaro
-
Política Projeto que limita mandato no Supremo deve ser analisado na CCJ
-
Política Governo envia ao Congresso projeto de lei para diminuir fila do INSS
-
Política Fufuca diz que esporte no Brasil tem "qualidade quase zero"
-
Política Bolsonaro tem "recuperação satisfatória", diz boletim de saúde