A policial militar Marcela Pinno afirmou, nesta terça-feira (12/9), à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos de 8 de janeiro que os vândalos pareciam estar “organizados” e que “provavelmente foram orientados”. A agente de segurança chegou a ser arremessada de uma das cúpulas do Congresso Nacional enquanto tentava conter os invasores.
“Era perceptível que eles (vândalos) estavam organizados. Havia em torno de quatro ou cinco manifestantes que estavam à frente da manifestação, que possuíam luvas para ter acesso aos nossos materiais, foram lançadas granadas, altas temperaturas que, se forem pegas em mãos livres, provocam queimaduras seríssimas. Eles se utilizavam de máscaras, eles se utilizavam de toalhas, de lenços para cobrir o rosto”, descreveu a policial.
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Segundo documentos entregues à CPMI, a tropa especializada da Polícia Militar do Distrito Federal, responsável por conter os ataques, recebeu ordens para agir somente 40 minutos após o rompimento da primeira linha de defesa estabelecida pelos policiais.
Ao ser questionada pelo deputado Delegado Ramagem (PL-RJ) sobre o momento em que dois pelotões da Força Nacional foram acionados, a policial militar confirmou que só aconteceu “praticamente quando as agressões já tinham sido interrompidas”.
Pinno ressaltou, ainda, a agressividade observada nos protestos. “Na linha de frente dos manifestantes não havia crianças. Havia idosos e crianças mais atrás. Mas não na linha de frente.”
“Naquele sentido, eles já não eram manifestantes, eram vândalos”, constatou a PM. “Era nítido a intenção de que eles estavam dispostos a tudo, inclusive, de atentar contra a nossa vida, como foi feito.”
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