O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta segunda-feira (11/9) que, além de recordar os 50 anos do golpe miliar no Chile, é preciso celebrar a democracia e "repudiar qualquer tentativa de golpe — no Chile, no Brasil, na América do Sul, no mundo".
O dia de hoje marca os 50 anos da morte do presidente deposto Salvador Allende e do ataque ao palácio presidencial do Chile, que foi cercado e atacado pelas Forças Armadas chilenas, usando tanques de guerra. O golpe marcou o início da ditadura do general Augusto Pinochet, uma das mais duras da América Latina.
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"Mais do que recordar os 50 anos do golpe militar no Chile e da morte do Salvador Allende, hoje é dia de reafirmarmos a democracia como valor essencial para os seres humanos. Que sem ela desaparece aquilo que nos faz humanos", escreveu Lula em nota nas redes sociais. "O golpe comandado por Pinochet mergulhou o país numa ditadura de 17 anos de tortura e morte. Allende foi sua primeira vítima, pelo 'crime' de tentar fazer do Chile um país mais desenvolvido e mais justo", acrescentou.
Allende foi o primeiro presidente abertamente socialista eleito na América do Sul, em 1970, e deposto em 1973 com o golpe de Pinochet. A ditadura chilena durou 17 anos e levou à morte ou ao desaparecimento de 3,2 mil pessoas, além de 40 mil torturados pelos militares, segundo a Comissão da Verdade e Reconciliação do Chile.
Brasil representado
"Hoje é dia de celebrar a democracia, homenagear Allende e repudiar qualquer tentativa de golpe — no Chile, no Brasil, na América do Sul, no mundo. E juntos fazermos a nossa história. Uma história de liberdade, de combate à fome e de luta contra todas as formas de desigualdade. Um abraço fraterno ao povo chileno", declarou ainda Lula.
O presidente enviou ministros para participarem das celebrações dos 50 anos do golpe no Chile. Participam o chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.
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