O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu neste domingo (10/9) do premiê indiano, Narendra Modi, o martelo de madeira que simboliza a presidência temporária do G20. O ato aconteceu durante o encerramento da 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado do grupo que reúne 19 das maiores economias do mundo, em Nova Delhi, na Índia.
“Construindo um mundo justo e um planeta sustentável” será o lema do Brasil na liderança do bloco, o país assume oficialmente a presidência a partir do dia primeiro de dezembro. Lula começou seu discurso mencionando o ciclone que atingiu o estado do Rio Grande Sul, o petista chegou a ser alvo de críticas por deixar o país em meio a tragédia.
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“Primeiro, gostaria de dizer às autoridades aqui presentes que a natureza continua dando demonstração de que precisamos cuidar dela com muito mais carinho. Esta semana, três dias atrás, no meu Brasil, um ciclone, no estado do Rio Grande do Sul, que nunca havia tido ciclone, matou 46 pessoas, quase 50 pessoas desaparecidas. Isso nos chama a atenção porque fenômenos como esse têm acontecido nos mais diferentes lugares do nosso planeta”, disse.
Lula reafirmou que a presidência brasileira a frente do grupo terá três prioridades: o combate à fome, pobreza e desigualdade; a transição energética e o desenvolvimento sustentável em suas três dimensões (econômica, social e ambiental), além da reforma do sistema de governança internacional.
Ele confirmou a criação de duas forças-tarefa para ampliar o combate à desigualdade, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima. “Precisamos redobrar os esforços para alcançar a meta de acabar com a fome no mundo até 2030, caso contrário estaremos diante do maior fracasso multilateral dos últimos anos. Agir para combater a mudança do clima exige vontade política e determinação dos governantes, e também recursos”, alertou.
O presidente também cobrou dos demais países mais vontade política e determinação dos governantes para atuar no combate às mudanças climáticas, e pediu mais recursos e transferência de tecnologia. “Queremos maior participação dos países emergentes nas decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A insustentável dívida externa dos países mais pobres precisa ser equacionada”, disse.
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