Apesar da nomeação do deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) como ministro de Portos e Aeroportos, o partido Republicanos afirmou que não fará parte da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em nota publicada na quinta-feira (7/9), a legenda reiterou que continua atuando de forma independente no Congresso Nacional e que o compromisso é apoiar "o que for bom para o povo brasileiro e para o Brasil".
Silvio Costa Filho assume a pasta no lugar de Márcio França (PSB), que será realocado para o novo Ministério das Micro e Pequenas Empresas, anunciado por Lula no fim de agosto como parte da reforma ministerial concluída na quarta-feira (6/9). O Republicanos afirmou que o convite havia sido feito exclusivamente por Lula ao parlamentar.
"Ao aceitar o convite, Silvio Costa Filho, como anunciado pelo próprio deputado, deverá se licenciar não somente do cargo de deputado federal, como também de suas funções partidárias, tanto na presidência do partido em Pernambuco quanto do cargo de 1º tesoureiro na Executiva Nacional do Republicanos", diz a nota do partido.
A troca acomoda um dos principais partidos que integra o bloco do centrão, enquanto o PSB de Márcio França continua com dois ministérios - além do recém criado, Geraldo Alckmin, também vice-presidente, é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Pelas redes sociais, França saudou o novo colega de governo e o presidente Lula que, segundo ele, trouxe para a base o Republicanos e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), o principal aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além da pasta de Portos e Aeroportos, Lula também trocou o comando do Ministério do Esporte. O deputado André Fufuca (PP-MA), aliado de primeira hora do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), assume no lugar da campeã olímpica de vôlei Ana Moser, que saiu descontente da chefia do ministério, turbinado com a tributação das apostas esportivas.