Operação Lava-Jato

Gleisi: Lava Jato foi 'a maior armação contra um grande líder'

Presidente do PT afirmou que decisão do ministro do STF Dias Toffoli de declarar "imprestáveis" as provas do acordo de leniência entre a Odebrecht e força-tarefa de Curitiba como "exemplar"

A deputada e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PR), foi ao Twitter, nesta quarta-feira (6/9), para comentar o despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que declarou a "imprestabilidade" das provas do acordo de leniência que a empreiteira Odebrecht firmou com a força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba. O magistrado atendeu ao pedido da defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou, na decisão, que a prisão do petista "foi um dos maiores erros jurídicos da história do país".

“Decisão exemplar do ministro Toffoli confirma o que sempre dissemos sobre a farsa da Lava-Jato. Cedo ou tarde, a verdade sempre vence. Os que mentiram, falsificaram provas, arrancaram depoimentos à força terão, agora, de responder por seus crimes. A história segue restabelecendo a Justiça sobre a maior armação judicial e midiática que já se fez contra um grande líder”, escreveu ela.

 

Toffoli considerou a situação grave, uma vez que os autos provam que a prisão de Lula foi parte de um projeto de poder de agentes públicos que tinham como objetivo o domínio do Estado. O magistrado deu dez dias para que todas as provas, depoimentos e anexos em poder da 13ª Vara Federal em Curitiba sejam enviados ao Supremo.

"Pela gravidade das situações estarrecedoras postas nestes autos, somadas a outras tantas decisões exaradas pelo STF e também tornadas públicas e notórias, já seria possível, simplesmente, concluir que a prisão do reclamante, Luiz Inácio Lula da Silva, até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do país", escreveu.

O ministro do Supremo alertou, ainda, que o prazo para envio das provas não pode ser descumprido, sob pena de caracterizar crime de desobediência. Ele determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério da Justiça, entre outros órgãos, identifiquem quais autoridades participaram dos trâmites — sem a adoção de procedimentos formais — para o acordo de leniência da Odebrecht e tomem medidas administrativas e penais contra os agentes.