O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta terça-feira (5/9), da cerimônia de encerramento dos cursos de formação profissional da Polícia Federal, que ocorreu na Academia da PF, em Brasília. Lula não discursou no evento, que celebrou a formação de novos agentes, delegados e escrivães da corporação.
Também compareceram o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que defenderam o papel isento e autônomo da instituição. Outras autoridades que marcaram presença foram os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e da Defesa, José Múcio, e o comandante do Exército, general Tomás Paiva.
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“Iniciamos o ano de 2023 de forma extremamente desafiadora, mas conseguimos dar uma resposta à sociedade, ao sistema de justiça criminal, de muita importância”, frisou Andrei em seu discurso. Segundo ele, de acordo com determinação do governo federal, todos os alunos formados hoje serão lotados na Amazônia Legal. O diretor-geral destacou que ele próprio serviu, pela primeira vez, em Manaus, e orientou aos novos policiais que não tenham pressa em deixar os seus primeiros postos, e que busquem oportunidades de aprendizado.
Além disso, Andrei enfatizou as ações da corporação na investigação e no combate a crimes, incluindo o garimpo ilegal, e reforçou o compromisso da PF com a isenção. “A Polícia Federal não investiga pessoas, mas fatos criminosos. O inquérito policial é o instrumento da apuração da verdade real, que não trabalha para a acusação ou para a defesa, mas sim, para a sociedade e para a Justiça”, pontuou. “Toda investigação deve se pautar pela autonomia investigativa, responsabilidade e qualidade da prova”, acrescentou.
Dino destaca credibilidade da PF
Flávio Dino discursou no encerramento da cerimônia, e ecoou a fala do diretor-geral. “Não importam ideologias. Não importa a preferência política de cada um. Isso não é maior do que os deveres inerentes ao cargo. E não é maior do que a nossa própria Pátria", disse aos alunos.
Dino afirmou ainda que o presidente Lula confia na corporação, e comparou a atuação do chefe do Executivo com o governador bíblico Neemias, que reconstruiu os muros de Jerusalém com o auxílio da população. “Apesar de um personagem do mal, chamado Sambalate, dizer: ‘Isso não vai dar certo. A inflação vai subir. Não vai ter crescimento econômico’. Isso já tinha lá naquele tempo”, disse o ministro.
Flávio Dino também citou pesquisa recente do Ipec, divulgada em julho, em que aponta a PF como a instituição nacional de maior credibilidade para o povo brasileiro. Segundo o levantamento, a corporação fica atrás apenas do Corpo de Bombeiros, de gestão estadual.