O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve levar de 12 a 16 semanas para se recuperar totalmente da cirurgia no quadril a que foi submetido, nesta sexta-feira, no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. A expectativa dos médicos é que o chefe do Executivo comece, neste sábado, a caminhar com a ajuda de um andador — devido à falta de equilíbrio — e inicie exercícios de fisioterapia na cama.
A cirurgia, feita pelo ortopedista Giancarlo Polesello para corrigir a artrose no lado direito do quadril, ocorreu sem intercorrência. Os médicos aproveitaram para operar as pálpebras do presidente, e não foi preciso encaminhá-lo à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ao ser questionado sobre a cirurgia nas pálpebras, o médico pessoal do presidente, Roberto Kalil Filho, disse que o petista tinha interesse no procedimento e, como a primeira operação foi bem-sucedida, a equipe aproveitou a anestesia e fez a intervenção, denominada blefaroplastia.
Kalil negou que a cirurgia foi meramente estética. "O presidente tinha alterações que realmente atrapalhavam o dia a dia. Trata-se de um procedimento médico, não é estético", frisou. O cardiologista alegou que essa segunda operação não foi avisada previamente porque "dependia do sucesso da primeira".
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Segundo Polesello, a cicatrização do quadril deve ocorrer de quatro a seis semanas. "A tendência é que, a partir da 10ª semana, o presidente não tenha mais dores (no local, das quais Lula se queixava). Mas isso dependerá da cicatrização", ressaltou.
De acordo com os médicos, o chefe do Executivo poderá despachar no Palácio da Alvorada nos próximos dias. Se tudo correr bem, no começo de novembro, ele poderá voltar a viajar, inclusive, para participar da 28ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes.
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