STF

Ministro Barroso diz ser defensor de "feminilização" dos tribunais

Durante primeira entrevista como presidente do STF, Barroso foi questionado sobre a possibilidade de que Lula indique um homem para a vaga de Rosa Weber

Declaração ocorreu após ministro ser questionado sobre a possibilidade de Lula indicar um homem para a vaga deixada por Rosa Weber -  (crédito:  Valter Campanato / Agência Brasil)
Declaração ocorreu após ministro ser questionado sobre a possibilidade de Lula indicar um homem para a vaga deixada por Rosa Weber - (crédito: Valter Campanato / Agência Brasil)
postado em 29/09/2023 16:28 / atualizado em 29/09/2023 16:28

O ministro Luís Roberto Barroso, novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a participação de mais mulheres nos tribunais. A declaração ocorreu após ele ser questionado sobre a possibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um homem para a vaga deixada pela ministra Rosa Weber.

A magistrada se aposenta oficialmente neste sábado (30/9). Com isso, caso Lula indique um homem para a vaga, a Suprema Corte terá apenas uma mulher no plenário, a ministra Cármen Lúcia. Barroso destacou que a escolha cabe a Lula e ao Senado, mas que ele defende a abertura de espaço para mulheres.

Atualmente, o ministro da Justiça, Flávio Dino, é o nome mais cotado para o tribunal. Além dele, são cotados Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), e Jorge Messias. Portanto, todos homens.

"A nomeação de ministro do STF é uma prerrogativa do presidente da República e do Congresso Nacional. Os três nomes são excelentes nomes, de qualificação técnica e seriedade. Mas quem viu meu discurso ontem, sabe que eu defendo a feminilização dos tribunais", disse Barroso.

Existe uma campanha em curso para a indicação de uma mulher negra, o que seria um feito histórico ao Supremo. No entanto, o presidente Lula tem mostrado incômodo com a pressão. De acordo com informações de fontes no governo, o petista já decidiu escolher Flávio Dino para a vaga.

O chefe do Executivo teme, porém, a repercussão negativa da medida e a perda de aceitação entre eleitoras de todo o país, bem como danos na imagem de um político que defende a igualdade de gênero, além da políticas antirracismo.

 

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