Uma das principais inspirações das fake news do bolsonarismo contra o processo eleitoral, o código-fonte das urnas eletrônicas para as eleições de 2024 será aberto na próxima quarta-feira (4/10), para a inspeção das entidades fiscalizadoras. O anúncio foi feito pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, ministro que esteve á frente das eleições de 2022 e enfrentou os mais diversos ataques dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em nota, o TSE diz que a abertura do código reafirma o compromisso da Justiça Eleitoral "com a transparência e a segurança do sistema eletrônico de votação, bem como o fortalecimento da democracia". A abertura será feita em solenidade na semana que vem e faz parte do Ciclo de Transparência das eleições municipais do ano que vem, que irão eleger prefeitos e vereadores.
Mesmo sem conhecimento pleno do que era o código-fonte, bolsonaristas geraram os mais diversos e fantasiosos argumentos, como a fake news de que ele seria o caminho para fraudar as eleições e mudar o voto de um eleitor e que ficava também escondido numa sala fechada no TSE.
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O código será aberto faltando um ano para as eleições, como previsto em lei, e ficará disponível numa sala de vidro no subsolo do tribunal até a fase da lacração dos sistemas, na véspera da eleição, em outubro de 2024.
"Tudo em uma sala clara, iluminada e pública", afirma o presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, em nota do TSE, reafirmando que nunca houve sala secreta para exame dos sistemas eleitorais desenvolvidos pelo TSE.
Até lá, instituições, órgãos federais, partidos e sociedade civil poderão acompanhar e analisar o código, com agendamento prévio. Estará liberado também o acesso ao conjunto de softwares da urna.
Forças Armadas fora
O TSE decidiu nesta semana excluir as Forças Armadas do grupo de entidades fiscalizadoras das próximas eleições. O tribunal também tomou a decisão de excluir os militares de participarem da comissão de transparência da eleição. A participação dos militares nessa fiscalização se deu em 2021, em uma resolução adotada na gestão do então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, que ontem tomou posse como presidente do STF.
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