Atos de 8 de janeiro

CPMI de 8/1 desmarca oitiva de Braga Netto, ex-Casa Civil de Bolsonaro

Colegiado marcou dois depoimentos para próxima semana: Argino Bedin, empresário bolsonarista suspeito de financiar atos golpistas no Mato Grosso, na terça-feira (3/10), e Beroaldo José de Freitas Júnior, policial militar arremessado de uma das cúpulas do Congresso durante o ataque aos Três Poderes, na quinta (5)

Depoimento de militar era aguardado para o dia 5 de outubro -  (crédito:  Camara dos Deputados/Divulgação)
Depoimento de militar era aguardado para o dia 5 de outubro - (crédito: Camara dos Deputados/Divulgação)
postado em 28/09/2023 19:49

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro desmarcou a oitiva do ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, general Braga Netto. Ele era aguardado no dia 5 de outubro. O militar é uma figura de interesse dos parlamentares governistas, especialmente após a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid alegar que Bolsonaro teria se reunido com a cúpula das Forças Armadas para propor uma intervenção militar que impedisse Lula de assumir a Presidência.

Na próxima semana, a CPMI ouvirá Argino Bedin, empresário bolsonarista suspeito de financiar atos golpistas em Sorriso (MT), na terça-feira (3/10), e o subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, policial militar arremessado de uma das cúpulas do Congresso durante o ataque aos prédios dos Três Poderes, na quinta (5).

Bedin está com as contas bloqueadas por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por suposto envolvimento no financiamento dos bloqueios das rodovias após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas urnas, no ano passado. Além do bloqueio, o magistrado determinou, na ocasião, que as 10 pessoas e 33 empresas suspeitas deveriam ser ouvidas pela Polícia Federal (PF).

Faltando três sessões para que o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) seja apresentado e a CPMI seja encerrada, no dia 17 de outubro, a investigação sofre para avançar na apuração dos atos golpistas.

A comissão chegou a ensaiar convocar militares envolvidos no suposto plano de Bolsonaro, como o ex-comandante da Marinha Almir Garnier que, segundo Cid, teria sido o único a ser favorável à intervenção. No entanto, o presidente Arthur Maia (União-BA) determinou que somente requerimentos acordados entre oposição e governistas serão pautados.

Dificultando o consenso, Maia insiste em convocar representantes da Força Nacional, proposta rejeitada por ser uma suposta tentativa de implicar o ministro da Justiça, Flávio Dino, por omissão.

A reunião cancelada desta quinta (28/9) ouviria o depoimento de Wellington Macedo, preso por tentar explodir uma bomba embaixo de um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal do ano passado.

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