A Câmara de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, foi cenário de uma briga generalizada entre vereadores na quarta-feira (27/9) — até mesmo um homem armado foi visto por testemunhas dando um disparo para cima. A confusão teria ocorrido após os vereadores Fabinho Varandão (MDB) e Eduardo Araújo (MDB) decidirem deixar os cargos na prefeitura. No entanto, o prefeito Waguinho (Republicanos) teria recusado a saída. Os dois parlamentares foram impedidos de participar da sessão, após o presidente da Câmara, o vereador Armandinho Penelis (MDB), justificar que as exonerações ainda não tinham sido protocoladas e, assim, não os reconhecia ainda como vereadores.
Veja o vídeo:
Os vereadores alegam que a recusa do prefeito é uma estratégia para impedir que eles votem contra os projetos do prefeito. Em vídeos que circulam pelas redes sociais, é possível ver o momento que os vereadores e funcionários trocam agressões entre si. Segundo relatos, um homem armado, que não foi identificado, teria feito um disparo para cima. "Mais um ato de covardia e agressão na tentativa de impedir nosso retorno à Câmara municipal para cumprir nosso mandato como vereador", escrever o parlamentar Fabinho Varandão, nas redes sociais.
O caso foi repudiado por outros políticos do Rio de Janeiro. "Lamentável o que aconteceu hoje na Câmara Municipal de Vereadores de Belford Roxo, onde o Chefe de Executivo e o Presidente da Câmara tentam impedir, usando até a força física, que 2 vereadores reassumam os seus mandatos, para os quais foram eleitos. Isso não é democracia. O Ministério Público e a Justiça estão atentos ao cumprimento da lei", afirmou o deputado estadual Márcio Canella (União Brasil).
O prefeito Waguinho ainda não comentou sobre o caso. Os vereadores Fabinho Varandão e Eduardo Araújo registraram boletim de ocorrência. O homem que portava arma de fogo foi detido e encaminhado a 54ª Delegacia de Polícia de Belford Roxo.
Após a confusão, o Esquadrão Antibombas foi acionado por causa da suspeita de um artefato explosivo em um carro do estacionamento da Câmara de Vereadores. No entanto, os agentes analisaram e afirmaram que o objeto é um rastreador tipo GPS.
O Correio tenta contato com a Câmara dos Vereadores e com o prefeito Waguinho, mas ainda não obteve retorno.
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