Casamento homoafetivo

Pastor Isidório diz que não votará "contra direito social"

Deputado conservador que protagonizou episódio de transfobia em sessão deliberativa sobre o PL da lei da união homoafetiva muda de ideia e disse que não vai votar a favor do projeto

Pastor se inscreveu como orador na votação para falar a favor da aprovação do PL, mas, durante o discurso, disse que não iria
Pastor se inscreveu como orador na votação para falar a favor da aprovação do PL, mas, durante o discurso, disse que não iria "votar contra o direito social" - (crédito: Câmara dos Deputados/ divulgação)
postado em 27/09/2023 15:00 / atualizado em 27/09/2023 15:02

O deputado pastor Isidório (Avante-BA) afirmou, nesta quarta-feira (27/9), que não vai votar pela aprovação do Projeto de Lei 5167/09, que altera o Código Civil e proíbe a equiparação entre a união homoafetiva e o casamento. O parlamentar conservador havia se posicionado a favor do PL em outras sessões da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF), que debate o projeto.

Na última sessão deliberativa da Comissão, realizada em 19 de setembro, o pastor defendeu a heteronormatividade — que impõe que as pessoas devem se comportar de acordo com os papéis de cada gênero — e protagonizou episódios de transfobia, um deles contra a deputada Erika Hilton.

"Hipocrisia pura"

Nesta tarde, o pastor se inscreveu como orador na votação para falar a favor da aprovação do PL, mas, durante o discurso, disse que não iria votar “contra o direito social”. “Eu não vou, por hipocrisia pura minha, votar contra direito e garantia social, porque eu sei que se Jesus estivesse aqui não faria isso”, garantiu.

“Não farei isso porque os católicos e evangélicos que estão lá fora, nenhum está pedindo isso [proibição da união homoafetiva]. Eu não conheço um evangélico, eu não conheço um padre, um pastor, um servo de Deus, que queira fazer matança social”, declarou. Ao se posicionar dessa forma, o deputado foi aplaudido de pé pelos representantes dos movimentos pelos direitos da comunidade LGBTQIAP+ que ocupam o plenário para acompanhar a votação do projeto.

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