A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) adiou a votação do relatório final para esta quinta-feira (28/9).
O parecer do relator Ricardo Salles (PL-SP) estava previsto para ser apreciado nesta terça-feira (26), mas os trabalhos foram prorrogados para que se cumpra o prazo regimental de duas sessões, devido ao pedido de vista ao relatório final.
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O relatório do deputado sinaliza que terá dificuldades na aprovação. Na lista de indiciados do texto, está o general e ex-ministro Gonçalves Dias, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Um dos mais antigos militantes dessa área, José Rainha também teve seu indiciamento incluído no relatório. Salles não incluiu o nome do deptuado Valmir Assunção (PT-BA), que é um assentado da reforma agrária, como vinha ameaçando. O petista foi apontado pela oposição como alguém que acoberta invasões.
A CPI ainda pretende apresentar ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sete projetos de lei para evitar as ocupações do MST no campo.
O pacote, chamado de “Invasão Zero”, traz propostas apontadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), como a que veda a concessão de benefícios sociais, crédito agrícola ou nomeação para cargos públicos para quem participa de invasões.
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