A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reagiu, nesta segunda-feira (25/9), às críticas que recebeu por utilizar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir à final da Copa do Brasil para uma ação de combate ao racismo do governo. Anielle avaliou como “inacreditável” ter sido criticada.
“É inacreditável que uma ministra seja questionada por ir fazer o seu trabalho de combate ao racismo e cumprir o seu dever. Vemos que as noções estão invertidas quando avançamos em um acordo histórico de enfrentamento ao racismo e somos criticados por isso. O que de fato incomoda?”, escreveu ela no X — antigo Twitter.
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A ministra destacou que “práticas de desinformação, manipulação da verdade e a divulgação de notícias falsas configuraram violência política de Gênero e Raça, na tentativa de impedir o nosso trabalho. Não são ataques a este ministério ou a mim, mas ao povo brasileiro”.
“Não chegamos ontem. Estamos há muitos anos nessa caminhada e esse acordo está sendo elaborado desde fevereiro. Para todos que têm boa fé, convido que conheçam mais o trabalho que o Ministério da Igualdade Racial está fazendo em conjunto com o dos Esportes e da Justiça”, completou Anielle.
É inacreditável que uma ministra seja questionada por ir fazer o seu trabalho de combate ao racismo e cumprir o seu dever. Vemos que as noções estão invertidas quando avançamos em um acordo histórico de enfrentamento ao racismo e somos criticados por isso. O que de fato incomoda?
— Anielle Franco (@aniellefranco) September 25, 2023
Segundo o decreto presidencial que regulamenta o uso do avião da FAB, há uma ordem de prioridade na utilização do veículo, sendo, primeiro, em casos de emergências médicas; depois em casos em que há questões de segurança; e então viagens a serviço. Não é permitido que o avião seja usado para passar o fim de semana em casa.
A pasta, em nota, afirmou que “a final da Copa do Brasil foi escolhida para a realização da ação de divulgação pelo alto número de pessoas presentes no estádio e pela grande audiência, típica de uma final de campeonato, independente de quais clubes a disputassem”.
“O voo da FAB foi utilizado para uma missão institucional, como é praxe em deslocamentos para ações ministeriais e de governo e como uma medida de economia de gastos públicos para locomover as equipes”, acrescentou o comunicado. “As ações do Ministério da Igualdade Racial são realizadas observando os princípios que basilam a boa administração pública, e em cumprimento da missão institucional do Ministério”.
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