A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro vai ouvir, na próxima terça-feira (26/9), o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O depoimento do militar está aprovado desde 13 de junho.
A comissão avança sobre militares do círculo próximo de Bolsonaro após o jornal O Globo e o portal UOL revelarem que o tenente-coronel Mauro Cid afirmou, em delação premiada, que o ex-presidente se reuniu com a cúpula das Forças Armadas, após o segundo turno das eleições do ano passado, com uma minuta que previa uma intervenção militar. O objetivo era impedir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse a Presidência. Heleno negou que tenha discutido planos de golpe de Estado.
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Na quinta (21/9), a relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), defendeu que o almirante e então comandante da Marinha Almir Garnier, também citado na delação como o único que teria sido favorável ao plano durante a reunião, seja convocado e tenha o sigilo telemático quebrado.
“Nós recorremos à iniciativa do retorno do Mauro Cid a essa comissão. Como também estamos ai protocolando hoje o requerimento em relação ao almirante Garnier, diante das informações que hoje (na quinta) foram colocadas pela imprensa brasileira”, completou ela.
Eliziane defende, ainda, que o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência de Bolsonaro, Filipe Martins, acusado por Cid em sua delação de ter entregado a minuta golpista ao ex-presidente, preste esclarecimentos à CPMI.
Na primeira parte da reunião de terça, serão votados requerimentos em bloco, sendo quatro de autoria de parlamentares governistas, dois da oposição e outros dois da relatora.
Na quinta (28/9), a CPMI ouvirá o terceiro preso por ter tentado explodir uma bomba, deixada embaixo de um caminhão de combustível no Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro do ano passado, Alan Diego dos Santos Rodrigues.
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